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13 de dezembro de 2025

Presidente do Maringá FC avalia planejamento da Série C: ‘Só entendemos o tamanho da competição jogando ela’


Por Felippe Gabriel Publicado 02/09/2025 às 16h54
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O Maringá FC encerrou a participação na Série C no último sábado, 30, com uma vitória sobre o Caxias, por 3 a 0, e se livrou do rebaixamento. A equipe terminou a primeira fase na 11ª colocação, com 25 pontos, ficando fora da segunda fase.

Depois de um bom início de campeonato, figurando entre os primeiros colocados nas rodadas iniciais, o Dogão amargou uma sequência de 12 jogos sem vencer e despencou na tabela. Mesmo sem entrar na zona de rebaixamento, a equipe foi para a última rodada ainda lutando para permanecer.

De acordo com o presidente do clube, João Vitor Mazzer, a diretoria cometeu erros no planejamento para a competição. Ele admitiu que a Série C se mostrou mais complicada do que foi previsto.

— Nós chegamos pela primeira vez na Série C. Como toda equipe, a gente tem uma imagem antes de entrar na competição e outra imagem depois que entra. E nós vimos o tamanho da competição antes de entrar, mas a gente só foi entender o tamanho real da competição jogando ela — disse em entrevista coletiva após o duelo contra o Caxias.

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— Não é o resultado que a gente gostaria, por óbvio. Principalmente pelo nosso início de competição. Foi um início de competição muito grandioso, né? Com três vitórias e um empate, fazendo dez pontos em quatro jogos. Mas depois conhecendo com mais profundidade a competição, entendendo o nível de orçamento dos times, desafiando os times e vendo como estava o nível de todos eles, eu acredito que é um resultado satisfatório para uma primeira participação — completou.

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Foto: Reprodução/MFC TV

A campanha também ficou marcada pela demissão do treinador Jorge Castilho, na 14ª rodada, após o décimo jogo na sequência sem vitórias. Naquele momento, Castilho era o segundo técnico mais longevo do futebol brasileiro e ainda tinha crédito no Maringá FC, onde ficou por seis temporadas. Questionado se a mudança poderia ter sido feita antes, Mazzer disse que sim, mas preferiu ficar no campo da suposição.

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— Se tem um momento que a gente poderia realmente ter substituído o Castilho, foi após a derrota do Brusque (12ª rodada). Acho que antes disso não fazia sentido para nós, talvez duas rodadas antes e a gente talvez teria a classificação, mas é um pouco leviano também dizer isso, porque é uma coisa que não aconteceu. O que a gente poderia ter feito nesse caso? Talvez antecipar a conversa com o mercado para ver quais eram as possibilidades reais, mesmo antes de decidir caminhar para a decisão. Antecipar só por ter a opção, entendeu? E aí talvez por antecipar, a gente poderia ter tomado uma decisão com um ou dois jogos antes. Mas novamente, acho que não cabe a gente falar isso.

Além da troca no comando, muito jogadores estiveram abaixo do nível nesta temporada. Novos reforços renderam menos que o esperado e atletas remanescentes desempenharam menos do que em outras épocas. De acordo com o presidente, a maneira como o elenco foi montado foi “o maior erro da temporada”.

— Eu acho que contratações que não performaram [foram o maior erro]. Eu acho que é isso, tá. Contratações ou manutenções que não performaram, porque quando você decide trazer um atleta com o salário da primeira linha, do primeiro escalão nosso, a gente espera entregar resultado em campo. E a gente não teve isso com os atletas, mas é uma resposta também um pouco genérica, porque sempre as coisas não dão certo e esse vai ser um dos problemas.

Planejamento para 2026

As movimentações no Maringá FC já começaram após a eliminação na Série C. O atacante Negueba foi emprestado ao Juventude para a disputa da Série A e outros atletas devem sair para continuar em atividade até o fim do ano.

É o caso de Maranhão e Tito, que podem se transferir para o Atlético-GO, e Morelli, que deixaria o clube rumo ao exterior.

As movimentações de mercado serão as primeiras da diretoria visando a próxima temporada. No hiato sem competições até 2026, o Dogão deve emprestar mais atletas e começar a monitorar novas contratações para o Campeonato Paranaense.

— Eu acho que essa permanência na Série C nos traz reflexões, nos traz vontade de mudança, nos traz aprendizado. 2026 para nós começa a partir de segunda-feira. Já nos mexemos bastante nessa semana, já nos preparando para permanência, não classificação e para classificação. Primeiramente, quem sai e quem fica, porque nós temos algumas propostas, teremos algumas propostas, por óbvio, para os jogadores que não terão competição agora. E já vamos fazer alguns negócios para esse restinho de competição, mas também todos eles já pensando em formar o elenco para o ano de 2026 — disse João Vitor Mazzer, também frisando que um melhor planejamento será essencial.

Quem fica para o próximo ano é o técnico Rodrigo Chipp, que confirmou que o clube passará por reformulações, tanto no elenco quanto na forma de jogo.

— A gente tem muitas coisas pra melhorar. Como eu sempre ressalto, o trabalho anterior do Castilho foi de excelência, mas agora o Maringá vai passar por um bom processo, porque eu sou um outro treinador, sou uma outra pessoa, e a diretoria está ciente disso. Estamos discutindo e vamos trazer algumas coisas diferentes para o processo — disse Chipp.

— O próximo ciclo será de novos jogadores, alguns continuam, mas outros não. Alguns vão seguir seu rumo, outros vão chegar, mas o DNA vai permanecer. A gente vai melhorar a qualidade do jogo. O torcedor pode ter certeza que o Maringá vai melhorar a qualidade do jogo e algumas coisas vão permanecer. A gente tem muita coisa positiva também — completou.

O Maringá FC terá o Campeonato Paranaense, a Copa do Brasil e a Série C do Brasileirão no ano que vem. O elenco deve se reapresentar em meados de dezembro para o começo dos trabalhos.

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