Goleiro maringaense presenciou tragédia que deixou ao menos 127 mortos em jogo na Indonésia

Uma cena triste tomou conta do futebol indonésio neste sábado, 1º de outubro. No fim da partida entre Arema FC e Persebaya Surabaya, válida pelo campeonato nacional, torcedores entraram em confronto com as forças de segurança do Estádio Kanjuhuran, em Malang, após uma invasão de campo. Ao menos 127 pessoas morreram, de acordo com informações coletadas pelo veículo britânico The Mirror.
O ocorrido acarretou na suspensão de todo os jogos da liga na semana, e o clube mandante foi proibido de sediar partidas pelo resto da temporada.
A invasão de campo começou logo depois do apito final. O Arema, time da casa, perdeu para o Persebaya por 3 a 2 e, com isso, muitos torcedores pularam as arquibancadas.
A segurança foi acionada, com policiais locais e membros das Forças Armadas da Indonésia escoltando os jogadores do clube visitante até os vestiários. Segundo informações da mídia local, o principal confronto foi entre os adeptos e as forças de contenção, com objetos arremessados e uso de gás lacrimogênio – no campo e fora dele. Tentando fugir da confusão, alguns fãs caíram no chão e foram pisoteados. Além disso, muitos perderam o ar inalando o gás e outros até desmaiaram no meio.
O Persebaya se manifestou oficialmente no Twitter, lamentando a tragédia e condenando as mortes. “A família de Persebaya lamenta profundamente a perda de vidas após a partida entre Arema e Persebaya. O futebol não é maior que nenhuma única vida. Rezamos pelas vítimas e que as famílias deixadas para trás recebam força”, disse o manifesto.
Akhmad Hadian Lukita, presidente da liga indonésia, disse que espera que o futebol nacional aprenda com o triste episódio. “Estamos preocupados e lamentamos profundamente este incidente. Compartilhamos nossas condolências e esperamos que esta seja uma lição valiosa para todos nós”, comentou. O presidente do país, Mochamad Iriawan, também se manifestou e confirmou que investigarão os acontecimentos: “Lamentamos e pedimos desculpas às famílias das vítimas e a todas as partes pelo incidente. Imediatamente, formamos uma investigação até Malang”.
Em seu perfil oficial no Instagram, o Arema FC lamentou as mortes ocorridas durante a tragédia.
O atleta Adilson Aguerro, conhecido como Maringá, esteve em campo defendendo o time da casa Arema FC e presenciou o ocorrido. Em entrevista ao portal Torcedores.com, o goleiro maringaense comentou o que ele afirmou ter sido um dos piores episódios de sua vida.

“Foi uma selvageria. Eu nunca havia presenciado isso na minha vida. Uma catástrofe total, estou até agora em pânico, em choque pelo que aconteceu. Eu estava em campo, joguei os 90 minutos. Foi lamentável, a gente ficou cinco horas preso nos vestiários. Nós vimos mortos na nossa frente. Foi muito gás de pimenta. Foram cenas horríveis”, afirmou o goleiro maringaense em entrevista ao portal Torcedores.
Aguerro ainda disse que durante o ocorrido pensou em deixar o país no dia seguinte.
“Só ouvíamos as bombas, os gritos, e as informações sobre o aumento de vítimas cada vez mais. Entrei em desespero nos vestiários. Pensei, vão invadir aqui e nos matar. Eu só temia pela minha vida ali. Foram as cinco piores horas da minha vida. Pra você ter ideia, o nosso rival teve que sair do estádio de tanque de guerra, de blindado. Onde já se viu isso no futebol?” No desespero, pensei ‘vou embora amanhã’”, disse.
Com informações da Agência Estado e do portal Torcedores.com.
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