O técnico Pep Guardiola não entrou na pilha do diário “The Telegraph”, que fez várias críticas ao time do Fluminense. Ao invés disso, exaltou o futebol brasileiro e elogiou o seu adversário na decisão do Mundial de Clubes. O Manchester City enfrenta a equipe de Fernando Diniz nesta sexta-feira, às 15h (horário Brasília), no estádio King Abdullah, em Jeddah, na Arábia Saudita.
“Idade é apenas um número para mim. O que importa é a sua performance. Pelo que vi de Marcelo, um dos melhores laterais esquerdos da história do futebol, ele ainda está em bom nível. E comentários como esse são um pouco desrespeitosos”, disse o treinador, que elencou os pontos positivos do Fluminense.
“Conheço exatamente o talento e a qualidade do Fluminense e o que ele pode fazer. Sabemos o que significa o Mundial para os times sul-americanos. Sei que será uma final dura, como sempre tem sido. E vamos por isso. Conheço meus jogadores e os respeito pelo que fazem, é muito boa a forma como jogam”, afirmou.
O treinador comentou ainda sobre as ausências de Haaland e De Bruyne, que foram cortados do Mundial por lesão. Guardiola não mostrou muita preocupação e afirmou que fará de tudo para conquistar o torneio.
“Estamos a um dia de jogar um torneio, uma final. Estar aqui talvez seja uma vez na vida. Se acham que sem Haaland e De Bruyne, eles têm vantagem, ok. Não posso controlar o que pensam. Queremos ter uma boa performance e vencer a final”, disse.
Guardiola também mostrou entendimento do que o torneio significa para os brasileiros. “É a Copa do Mundo para os times sul-americanos, como para argentinos e brasileiros, colombianos e uruguaios. Sei que seria uma verdadeira final dupla como sempre foi desde todas as vezes que joguei esse tipo de competição e estamos indo em frente. Então, eu conheço meus jogadores, eles são respeitados porque tudo o que eles fazem é muito, muito, muito bom.”
Por fim, revelou que não espera por um jogo fácil. “Eles jogam o estilo típico do Brasil da década de 70, 80, início de 1990, 94, quando venceram a Copa do Mundo nos Estados Unidos. Agora, novamente, eles jogam “cadê a bola?”, os passes curtos, a combinação é muito boa, o um contra um, o físico. Temos que estar atentos ao quanto correr atrás da bola. Pela forma como jogam, exigem muito esforço. Precisamos aceitar que vamos jogar contra um time atípico. Do jeito que jogam, nunca enfrentamos, nunca enfrentamos antes. Não é posicional, eles se movem muito, a bola está sempre ali, com jogadores por perto, a bola se movimenta, e os jogadores vão junto. Temos que impor nosso ritmo e nosso jogo posicional da melhor maneira possível. E fazer uma boa atuação. Ser resiliente no momento ruim será difícil vencer a final”, disse.
Para chegar na decisão, o Manchester City passou pelo Urawa Red Diamonds, do Japão, com uma vitória por 3 a 0.