A direção do Internacional avalia que a enchente no Rio Grande do Sul, que causou prejuízos ao estádio Beira-Rio e ao CT Parque Gigante, gere um prejuízo estimado de R$ 35 milhões. O clube gaúcho, no entanto, acredita que o valor pode subir após avaliação das perdas em seu centro de treinamento.
O valor também abarca as futuras despesas do clube com viagens para treinar longe do Rio Grande do Sul, o que inclui hospedagem e alimentação da delegação do time. “Nesse momento é muito difícil a gente falar em números e ter assertividade em relação a valores. Mas esse número de R$ 35 milhões é uma ordem que a gente pode chegar incluindo esses custos operacionais extras que a gente vai ter por não poder jogar no beira-rio”, afirma Victor Grunberg, vice-presidente do Inter.
O dirigente informou que o clube ainda não conseguiu avaliar as perdas em seu CT. “O Parque Gigante tem algumas perspectivas ainda. Temos que aguardar um pouco para entender o que aconteceu lá no CT e mensurar a questão de equipamentos”, declarou.
Grunberg apresentou detalhes sobre os estragos causados pela enchente no estádio. “Nós tivemos uma perda importante no nosso campo. A água chegou a 60 centímetros. Com isso, perdemos o plantio da grama de inverno. A grama de verão se mantém, mas a gente inicia agora um trabalho agora do plantio da grama de inverno. Vai levar um tempo de cerca de 45 a 60 dias”, afirmou.
De forma geral, a água alcançou parte das arquibancadas do Beira-Rio. “A água chegou a cerca de 1,00 m, 1,20 m, todo nível um do estádio. Para explicar para o torcedor, chegou até a segunda fileira de cadeiras no estádio, que ficou bastante tempo com a água nessa posição. Os bancos da casamata (banco de reserva) saíram da casamata, estavam na metade do gramado. São imagens que doem, vermos nosso patrimônio assim.”
O vice do Inter projeta que o estádio possa voltar a receber jogos num prazo de ao menos dois meses. “Entre 60 e 90 dias. Eu não quero me comprometer com esse prazo, porque a água está baixando agora e a gente vai conseguir entender o real tamanho de tudo o que aconteceu.”
A limpeza do local, na sua avaliação, poderá ser iniciada em até um mês. “Imaginamos que dentro de 30 dias, 45 dias, a gente consiga fazer a limpeza do estádio e a reconstrução da parte de mobília e a parte elétrica. Sabemos que vai haver muita demanda, tem muita gente necessitando reconstruir. Estimamos um prazo de 45 até 90 dias para que essas áreas sejam reconstruídas.”
As informações são da Agência Estado.