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11 de dezembro de 2025

Maringaense Débora Carneiro conquista a prata no Mundial de Natação Paralímpica


Por Felippe Gabriel Publicado 23/09/2025 às 14h50
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O Brasil conquistou sete medalhas — quatro ouros e três pratas — e chegou 19 pódios no Mundial de Natação Paralímpica em Singapura nas finais da manhã desta terça-feira, 23 (horário de Brasília).

O terceiro dia de evento teve como destaque a dobradinha brasileira no pódio dos 100m peito da classe SB14 (deficiência intelectual), com o ouro de Beatriz Flausino e a prata da maringaense Débora Carneiro.

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Foto: Marcello Zambrana/CPB

Beatriz Flausino foi campeã com tempo de 1min12s61. Ela foi seguida por Débora, que ficou com a medalha de prata, com 1min15s08. O bronze foi para a britânica Olivia Baronius (1min15s63). Na mesma prova, a maringaense Beatriz Carneiro, irmã gêmea de Débora, ficou na sexta colocação, com 1min17s22.

Débora voltou ao pódio dos 100m peito após ter vencido a prova no Mundial de Manchester em 2023. “Foi uma prova muito acirrada. Foi incrível. Eu sou a segunda do mundo, eu estou muito feliz. A medalha não é só minha, é de todo mundo”, comemorou Débora. “Agradeço a todos os que torceram por mim”, finalizou.

Nas classificatórias para a final, Débora avançou na segunda colocação, com 1min16s07, mantendo a posição na disputa decisiva, e Beatriz avançou em sexto, com 1min18s16.

Com os resultados, Beatriz finalizou sua participação no Mundial, mas ainda poderá torcer pela irmã. Débora fará sua última prova nesta quarta-feira, 24, no revezamento 4×100 livre misto S14, como reserva da equipe brasileira.

Maringaense supera própria marca de Paris 2024

Nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, as irmãs Débora e Beatriz fizeram a dobradinha brasileira na prova dos 100m peito SB14. Débora ficou com a prata e Beatriz com o bronze, atrás apenas da britânica Louise Fides, que ficou com o ouro.

Em Singapura, o novo segundo lugar de Débora superou a marca de Paris em 54 segundos: 1min15s08 contra 1min16s02 no ano passado. De acordo com o técnico André Yamazaki, que acompanha as “gêmeas da natação” há dez anos, a prova de Débora foi excelente.

— Foi a final mais forte dos últimos mundiais, até mais forte que Paris. Pra se ter ideia, a terceira colocada nessa prova hoje ficaria em primeiro em Paris. Então, pra chegar no pódio ali foi muito forte, foi o tempo de 1min15. E a Débora nadou super bem, foi a segunda melhor marca pessoal da vida. Ela tinha feito 1min14s90 numa etapa do World Series, ano passado, em Berlim. Mas ela nadou muito bem, muito encaixada, forte, agressiva, atacando bem a água. A gente ficou muito satisfeito com o resultado. E tá entre as melhores do mundo — disse o treinador.

Beatriz, que ficou com o bronze em Paris com um tempo de 1min16s42, piorou um pouco sua marca. A sexta colocação no Mundial, porém, veio devido à elevação do nível da prova, e a maringaense fez seu melhor tempo no ano.

— Ela também teve uma evolução nesse ano. Já era previsto essa colocação um pouco mais atrás da Bia, mas mesmo assim a gente ficou muito feliz pela evolução no ano. E temos certeza que na próxima ela também vai continuar na briga —explicou André.

As gêmeas da natação

Nascidas em 7 de maio de 1998, em Maringá, Débora e Beatriz foram diagnosticadas aos seis anos com deficiência intelectual. Sempre juntas, as irmãs iniciaram a natação como hobby e, aos 12 anos, começaram a competir.

A primeira competição internacional de Beatriz foram os Jogos Paralímpicos do Rio 2016. De lá pra cá ela conquistou duas medalhas de prata e das de bronze em mundiais; dois ouros, duas pratas e dois bronzes em Jogos Parapan-Americanos; um bronze nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020; e dois bronzes em Paris 2024.

Débora começou a competir internacionalmente em 2017, no Mundial da INAS, no México. Nos anos seguintes, conquistou um ouro e cinco bronzes em campeonatos mundiais; um ouro, três pratas e um bronze em Jogos Parapan-Americanos; e uma prata nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.

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Beatriz e Débora Carneiro exibem suas medalhas no Mundial de Manchester 2023 | Foto: Alessandra Cabral/CPB

Brasil em Singapura

O Brasil ocupa a segunda colocação do quadro de medalhas, com sete ouros, oito pratas e cinco bronzes, totalizando 20 medalhas. O ranking é liderado pela China, que acumula 12 ouros, quatro pratas e dois bronzes, totalizando 18 medalhas. A seguir, vêm Itália (7 ouros, 7 pratas e 6 bronzes), Grã-Bretanha (7 ouros, 6 pratas e 10 bronzes) e Estados Unidos (6 ouros, 4 pratas e 6 bronzes).

A delegação do Brasil que disputa o Mundial de Singapura, que vai de 21 a 27 de setembro, conta com 29 nadadores, 16 homens e 13 mulheres, oriundos de sete estados (MG, PA, PE, PR, RJ, SC e SP).

A melhor campanha do Brasil na história dos Mundiais de natação paralímpica foi registrada na Ilha da Madeira, em Portugal, em 2022. O país encerrou a disputa com 53 medalhas, 19 de ouro, 10 de prata e 24 de bronze. Com isso, ficou na terceira colocação do quadro de medalhas do evento, somente atrás de Estados Unidos e Itália.

Com informações da Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro.

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