Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

22 de novembro de 2024

MP da França reabre investigação de suposta discriminação do PSG na busca por jogadores


Por Agência Estado Publicado 17/10/2024 às 09h29
Ouvir: 00:00
image
Foto: Reprodução/Facebook

O Ministério Público da França reabriu uma investigação para apurar se há discriminação por parte do Paris Saint-Germain no recrutamento de novos jogadores. O caso, iniciado anos atrás, foi reaberto em maio deste ano e teria como fundamento a denúncia de que os olheiros do clube francês traçaram perfis de potenciais jogadores com base em suas origens.

A reabertura da investigação foi confirmada pelos promotores franceses à agência de notícias The Associated Press. Inicialmente, o caso foi encerrado em agosto de 2022. Mas foi retomado após nova queixa de “discriminação com base na origem e armazenamento informatizado de dados que revelam origens raciais ou étnicas”.

A lei francesa proíbe o armazenamento de dados pessoais que revelem as origens raciais ou étnicas das pessoas. Apesar disso, o PSG já reconheceu que formulários com conteúdo ilegal foram utilizados no período entre 2013 e 2018. Mas rejeitou a responsabilidade pela política depois que o site Mediapart informou que os olheiros do clube eram orientados a mencionar a origem de potenciais novos jogadores em quatro categorias: “Francais” (francês), “Maghrebin” (Norte de África), “Antilhais” (Índia Ocidental) e “Afrique noire” (Africano Negro).

A primeira investigação do MP foi iniciada após denúncia da Liga Francesa dos Direitos Humanos, depois que o PSG afirmou que uma apuração interna não encontrou “nenhum caso comprovado de discriminação”. O conselho de ética da Federação Francesa de Futebol também investigou o assunto e a comissão disciplinar da liga multou posteriormente o PSG em 100 mil euros (cerca de R$ 615 mil, no câmbio atual).

A liga também aplicou uma multa condicional de 10 mil euros ao ex-diretor da academia do PSG, Bertrand Reuzeau. Marc Westerloppe e Pierre Reynaud, responsáveis pelo recrutamento do PSG, receberam multas, também condicionais, de 5 mil euros – as punições são aplicadas na prática se houver reincidência.

A Mediapart e o programa de TV francês “Envoyé Special” afirmaram que um jovem jogador negro foi ignorado pelo PSG por causa de sua cor. Após uma investigação baseada nos documentos do “Football Leaks”, o Mediapart disse que o meio-campista Yann Gboho, de 17 anos, que joga pela seleção francesa sub-18, foi desconsiderado pelo PSG quando tinha 13 anos, e a administração do clube decidiu encobrir “aqueles implicado no escândalo”.

Num outro caso de racismo, em 2011, o cenário futebolístico do país foi abalado por revelações do Mediapart de que o então técnico da seleção, Laurent Blanc, e outros discutiram cotas informais que limitavam o envolvimento de jovens jogadores negros e árabes na seleção nacional.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esportes

Diniz exige compromisso do Cruzeiro na final contra o Racing: ‘Entregar tudo que tem’


Em busca por um título inédito na história do Cruzeiro, o técnico do time, Fernando Diniz, afirmou que se trata…


Em busca por um título inédito na história do Cruzeiro, o técnico do time, Fernando Diniz, afirmou que se trata…

Esportes

Juri em tribunal civil considera Conor McGregor culpado pela acusação de estupro a uma mulher


Um júri composto por oito mulheres e quatro homens decretou, por meio de um julgamento civil, nesta sexta-feira, que o…


Um júri composto por oito mulheres e quatro homens decretou, por meio de um julgamento civil, nesta sexta-feira, que o…