Paralimpíadas 2024: Brasil tem ouros recordistas e mais medalhas no atletismo e na canoagem


Por Agência Brasil

O atletismo brasileiro conquistou quatro medalhas na manhã deste sábado, 7, nas Paralimpíadas de Paris. O destaque no Stade de France foi a corredora maranhense Rayane Soares, que completou a prova dos 400 metros da classe T13 (atletas com deficiências visuais) com o tempo de 53s55 para conquistar o ouro e bater o recorde mundial da prova, marca que durava desde 1995.

Foto: Douglas Magno/CPB

“Eu estava muito confiante. Eu sentia que era o meu momento. Eu me via no pódio, me via pegando a medalha de ouro. Eu pedia para Deus o tempo todo para me dar força e coragem, pois treinada eu estava”, declarou a brasileira após a prova.

Já nos 200 metros classe T37 (atletas paralisados cerebrais) o Brasil conseguiu uma dobradinha, com a prata do fluminense Ricardo Mendonça (22s71) e o bronze do paulista Christian Gabriel (22s74). O ouro ficou com Andrei Vdovin (22s69), que está no time de atletas paralímpicos neutros.

Outra medalha garantida na manhã deste sábado no atletismo foi o bronze do sul-mato-grossense Paulo Henrique dos Reis no salto em distância classe T13 (deficiência visual). A conquista foi alcançada com um salto de 7,20 metros.

Halterofilismo

A paulista Mariana D’Andrea também fez história neste sábado, pois conquistou o bicampeonato no halterofilismo, categoria até 73 quilos, ao levantar 148 quilos, novo recorde paralímpico. Para ficar com o ouro, a brasileira superou a uzbeque Ruza Kuzieva, prata com 147 quilos, e a turca Sibel Cam, bronze com 120 quilos.

“Sem dúvida, o que eu quero é fazer história, deixar registrado esse momento quando eu sair, que eu ganhei novamente o ouro, virando bicampeã paralímpica. Já falei com o meu treinador que não vou parar, em Los Angeles [sede dos próximos Jogos Paralímpicos] vai ter mais um [ouro]”, afirmou a atleta de 26 anos.

Desde a conquista do ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio (2020), as marcas de Mariana seguiram evoluindo. Em agosto de 2023 a paulista se tornou a primeira medalhista de ouro brasileira na categoria adulta em um Mundial de halterofilismo, em Dubai 2023. O título foi atingido com ela competindo na categoria até 79 quilos e erguendo 151 quilos, o que ainda deu à brasileira o recorde mundial da prova.

Ela também conseguiu outros resultados expressivos, como o ouro na categoria até 73 quilios nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, o ouro na categoria até 73 quilos na Copa do Mundo de Dubai 2022 e o ouro na etapa de Tbilisi da Copa do Mundo 2021.

Canoagem

O piauiense Luís Carlos Cardoso conquistou a medalha de prata na canoagem KL1 200 metros (atletas que usam pernas, braços e troncos durante prova em caiaque). O brasileiro encerrou a distância em 46s42. O ouro ficou com o húngaro Peter Kiss (44s55), enquanto o bronze foi garantido pelo francês Remmy Boulle (47s01).

Outra conquista do Brasil na canoagem neste sábado veio com Miqueias Rodrigues, um bronze na prova do caiaque KL3 200 metros (atletas que usam braços, tronco e pernas na remada do caiaque) com o tempo de 40s75.

Já o tricampeão mundial e campeão dos Jogos Paralímpicos de Tóquio na classe VL2 Fernando Rufino fez a estreia na edição francesa dos Jogos em outra classe, a KL2 (para atletas que utilizam apenas o tronco e os braços no caiaque) e não conseguiu ficar no pódio. Com o tempo de 42s90, o brasileiro terminou a final em sexto lugar. Ele ainda disputará a final do VL2.

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