Paris-2024: Bala Loka fica em 6ª lugar no BMX freestyle; entenda a relação do atleta olímpico com Maringá


Por Maria Eduarda do Prado, Agência Estado

Gustavo Batista de Oliveira, conhecido como Bala Loka, foi o representante brasileiro no ciclismo BMX Freestyle nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. O ciclista de Carapicuíba (SP) ganhou notoriedade após se classificar para a final da modalidade e terminar na sexta colocação.

Foto: Gaspar Nóbrega/COB

Apesar de ser de São Paulo, o atleta olímpico tem uma relação com Maringá. Na cidade, ele se preparou para os Jogos no Centro de Treinamento BMX Freestyle Park. Veja abaixo:

Veja publicações do atleta na cidade canção:

Veja um dos treino do atleta na cidade:

Além disso, Bala Loka também tem um maringaense como técnico nos Jogos. Trata-se de Paulo Eduardo Sacchelli Saçaki, que esteve com Bala Loka diversas vezes para treinamentos em Maringá. O atleta foi campeão brasileiro em 2022 em competição realizada em espaço público cedido pelo Município. A Prefeitura reformou o ginásio do Conjunto Requião e realizou a cessão do espaço para treinamentos e atividades comunitárias da Associação BMX Freestyle Maringá.

Foto: Gaspar Nóbrega/COB

Sobre o atleta

Gustavo Batista de Oliveira ganhou o apelido após sofrer uma queda e desmaiar ao saltar uma rampa. Alguém disse que “parecia uma bala”, e outro afirmou que ele era maluco. Nascia o Bala Loka, sexto melhor do BMX freestyle da Olimpíada de Paris-2024.

Bala Loka desenvolveu suas técnicas na pista de terra de BMX Dirt Jump de Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo. Morador de um apartamento no Cohab II, muito próximo da pista, ele praticamente cresceu no local. “Tive uma grande sorte disso, quando ingressei no BMX já tinha pista lá. Meus pais tinham recém-comprado um apê no Cohab, e eram as melhores pistas de dirt, do lado de casa”, comentou Gustavo em entrevista ao podcast oficial da Olimpíada. 

A força de vontade e superação fazem parte da história de Gustavo, ter uma bicicleta boa e adequada para a prática não estava dentro das condições financeiras da família, mas esforços foram feitos para o garoto dar sequência ao sonho. O pai dele montou uma bicicleta juntando peças encontradas em ferros-velhos e viu o talento do garoto se desenvolver rapidamente. 

“Não teve infância. A minha infância foi andar de bicicleta. Essa conexão que eu tenho com minha bike é um amor muito grande. Quando subo e ando, sou eu, eu me expressando e me divertindo”, contou Bala Loka.

A coisa começou a ficar séria e o ciclista venceu uma etapa da Copa do Mundo de BMX Freestyle, na China, aos 15 anos, em 2017, no ano passado, o atleta foi bronze também no BMX livre dos Jogos Pan-Americanos de 2023, em Santiago, no Chile.

Durante sua preparação para os jogos olímpicos, Gustavo, esteve em Maringá, cidade do onde seu técnico, Paulo Saçaki mora desde 2015. Paulo, assumiu a equipe em janeiro de 2024. Os treinos da Seleção Brasileira de BMX Freestyle em preparação para as disputas pré-olímpicas foram no município, em abril deste ano. Foram cinco dias de treino no Centro, que fica no Conjunto Requião. Maringá conta com o melhor centro de treinamento BMX Freestyle do Brasil. Em 2022, Gustavo foi campeão brasileiro em competição realizada no espaço público cedido pelo município.

O desempenho que levou Bala Loka à sexta colocação

Gustavo Batista de Oliveira, o Bala Loka, mostrou nesta quarta-feira na França o resultado de uma infância andando de bicicleta em Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo, e ficou na sexta posição no BMX freestyle nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.

O campeão foi o argentino Jose Torres Gil, com 94,82. O britânico Kieran Darren David Reilly ficou com a prata, com 93,91, e o francês Anthony Jeanjean (93,76) fechou o pódio. A pontuação do brasileiro foi 90,20.

O brasileiro de 21 anos foi o segundo a se apresentar na final por ter se classificado na oitava posição na terça-feira, entre os 9 finalistas, com 85,79. Na primeira de duas voltas de um minuto, Bala Loka conseguiu uma pontuação bem melhor do que a da semifinal: 90,20.

Sua liderança na disputa, porém, durou pouco tempo. Na sequência, o argentino Gil (94,82) e o japonês Rimu Nakamura (90,35) conseguiram superar o brasileiro. Atual campeão olímpico, o australiano Logan Martin vinha com bom desempenho na sua primeira apresentação, mas sofreu uma queda no final e marcou 64,40. Bala Loka terminou a primeira rodada na quarta posição, atrás também do britânico Kieran Darren David Reilly, que conseguiu 93,70.

Em sua segunda volta, Bala Loka teve nota de 88,88 e manteve a pontuação da primeira tentativa. Após marcar cair no começo da primeira volta e marcar 3,22, o francês Jeanjean levantou a torcida e conseguiu 93,76 que lhe valeu o bronze.

Logan Martin errou também em sua segunda apresentação e ficou na nona posição. Reilly obteve 93,91 na última apresentação da final e conquistou a prata.

Com informações da Agência Estado

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