Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

12 de dezembro de 2025

Prometeram e cumpriram: gêmeas maringaenses conquistam três medalhas em Paris


Por Brenda Caramaschi Publicado 02/09/2024 às 15h20
Ouvir: 00:00

As “Gêmeas da Natação” como são conhecidas Beatriz e Débora Borges Carneiro fizeram uma dobradinha no pódio na tarde desta segunda-feira, 2. A prata e o bronze foram conquistados pelas irmãs nos 100m peito SB14, para atletas com deficiência intelectual, nas Paralimpíadas. Débora ficou com o segundo lugar e Beatriz com o terceiro, atrás apenas da britânica Louise Fides, que ficou com o ouro.

image
Beatriz Carneiro foi bronze e sua irmã gêmea, Débora (de braços levantados), prata nas Paralimpíadas de Paris 2024 — Foto: Marcello Zambrana/CPB

A conquista dupla veio no dia do aniversário do pai das gêmeas, Eraldo Carneiro, que acompanhou tudo de perto, assistindo a prova, em Paris. As duas bateram quase juntas na borda para a conquista das medalhas: Débora completou a prova com o tempo de 1min16s02, enquanto Bia anotou 1min16s42. A promessa de trazer três medalhas para Maringá foi feita por Débora, em uma entrevista ao Portal GMC Online em julho, na reta final da preparação para a competição. 

O técnico André Yamazaki acompanha as “gêmeas da natação” há dez anos e conta que a prova foi emocionante. “Foi uma prova muito disputada, um momento único. Elas nadaram super bem, muito próximas das melhores marcas e o que fica é a sensação de dever cumprido, missão cumprida, com as duas no pódio. Elas estão extremamente felizes e motivadas. Agora é só curtir a premiação e os momentos em Paris  e voltar para casa com três medalhas”. A terceira medalha citada pelo treinador foi conquistada neste domingo, 1, quando Beatriz garantiu o bronze brasileiro ao integrar o time de revezamento 4×100 livre S14.

Retrospecto de sucesso das ‘gêmeas da natação’

Aos 26 anos, as irmãs perderam as contas de quantas medalhas conquistaram ao longo da carreira. As duas começaram a apresentar os primeiros sinais de atrasos na intelectualidade aos cinco anos e aos 12 o laudo definitivo de deficiência intelectual foi emitido. “A gente passava por muita dificuldade por causa do preconceito. Hoje a gente escuta ‘meu sonho é nadar em uma Olimpíada igual vocês’” disse Débora em entrevista ao GMC Online.

As gêmeas passaram por sete escolas até se formarem no ensino médio, em Maringá. As duas aprenderam a nadar ainda pequenininhas, mas foi depois da morte da mãe, quando estavam com 11 anos, que o pai investiu nos treinos de natação como uma forma de ocupar a mente das duas. O desempenho das gêmeas superava o de outros alunos da academia e começou a chamar atenção. Na primeira competição que elas participaram, já foram campeãs brasileiras 

Beatriz foi a primeira atleta no Brasil a disputar uma Paralimpíada na categoria delas, em 2016, no Rio. Naquele ano, Débora teve uma apendicite que a impediu de conseguir a classificação para participar da competição ao lado da irmã. Já em Tóquio, as duas foram medalhistas. Beatriz foi bronze nos 100m peito SB14, enquanto Débora ajudou o Brasil a levar o bronze no revezamento 4x100m livre S14.  Em 2023, fizeram uma dobradinha no pódio dos jogos ParapanAmericanos: na prova dos 100 metros peito na classe S14, Débora conquistou o ouro e bateu o recorde das Américas com o tempo de 1:15.10, Beatriz ficou em 2º lugar e garantiu a prata com o tempo 1:15.72.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação
Esportes

Correção: Vasco vence Fluminense de virada na primeira partida da semifinal da Copa do Brasil


A nota enviada anteriormente contém um erro no primeiro parágrafo. Com um gol de Vegetti e não Vagetti. Segue a…


A nota enviada anteriormente contém um erro no primeiro parágrafo. Com um gol de Vegetti e não Vagetti. Segue a…

Esportes

Maria Clara Pacheco supera internação da mãe para ser Atleta do Ano ao lado de Caio Bonfim


Maria Clara Pacheco, do taekwondo, e o marchador Caio Bonfim foram consagrados nesta quinta-feira como atletas do ano no Prêmio…


Maria Clara Pacheco, do taekwondo, e o marchador Caio Bonfim foram consagrados nesta quinta-feira como atletas do ano no Prêmio…

Esportes

Vasco vence Fluminense de virada na primeira partida da semifinal da Copa do Brasil


Com um gol de Vagetti, aos 48 minutos do segundo tempo, o Vasco derrotou o Fluminense, por 2 a 1,…


Com um gol de Vagetti, aos 48 minutos do segundo tempo, o Vasco derrotou o Fluminense, por 2 a 1,…