Tite voltou às atenções do público nesta segunda-feira, ao participar do prêmio Bola de Prata da ESPN. O treinador de 64 anos subiu ao palco da tradicional cerimônia e foi o responsável por anunciar o prêmio de melhor técnico do Brasileirão, vencido por Rafael Guanaes, do Mirassol, e Lucas Piccinato, do Corinthians (categoria feminina).
Sem trabalhar desde que saiu do Flamengo, no fim de 2024, o ex-treinador da seleção brasileira citou a crise de ansiedade que o fez se afastar do futebol neste ano. Em entrevista coletiva com jornalistas, o técnico falou sobre o período em que se reservou para focar na saúde mental. “O contexto de falar da crise de ansiedade que eu tive e de todos os aspectos envolvidos, precisa ter um tempo maior para falar com vocês (jornalistas)”, disse.
“Aquilo que eu deveria agradecer, dizer ‘obrigado, Papai do Céu, que eu tenha oportunidade de trabalho o tanto quanto vieram’, mas da mesma forma me pressionou. Eu passei uma semana difícil. Então, isso acabou acontecendo.”
Apesar do susto, o treinador garantiu que está pronto para voltar a trabalhar em 2026. “Estou legal, estou em paz e bem. Estou com meus joelhos legais, estou jogando um ‘basquetinho’. Agora a vida segue, o processo segue. O futebol é apaixonante.”
Ao ser questionado se o futuro será no futebol brasileiro ou em times do exterior, o treinador despistou. “(Vou para) Onde houver sintonia de ideias de futebol, de forma de trabalhar, dos processos, eu vou estar aberto independentemente do local.”
Ao comentar sobre o que espera para o futuro, o treinador abriu o coração. “Continuar com uma carreira com uma ideia de futebol equilibrado, e que tenha um processo criativo, fazendo gol, porque essa é a essência. Competitivo, de marcação, porque é necessário para vencer, mas sempre marcante. Um fair play muito marcante, um jogo limpo muito marcante, com princípios éticos que me nortearam ao longo dessa carreira toda.”