Yan Couto foi proibido de usar cabelo rosa na seleção brasileira? Entenda polêmica
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) negou que tenha pedido para o lateral Yan Couto, convocado para atuar na Copa América pela seleção brasileira, mudar a cor do cabelo. O atleta do Girona é conhecido por seu cabelo rosa, mas voltou com a coloração natural das mechas para os amistosos antes do torneio internacional.
A polêmica começou após a divulgação de uma entrevista do lateral ao site UOL. Durante a conversa, Yan Couto afirmou que retirou a tintura rosa do cabelo após um pedido da própria CBF. “Foi um pedido, basicamente. Falaram que o rosa é meio ‘vacilão’ assim. Eu não acho, mas vou respeitar, né. Me pediram, vou fazer.”
A entidade afirma que realizou apenas recomendações padrões para todos os jogadores convocados. Temas como horário, folgas, alimentação, uso dos uniformes e postagens em redes sociais foram debatidos, mas não houve nenhuma recomendação referente à coloração capilar. A única proibição orientada aos atletas teria sido referente à utilização de cordões e brincos durante treinamentos. A Fifa proíbe que tais acessórios sejam utilizados durante as partidas.
Durante os treinamentos das últimas semanas com a seleção brasileira, Yan Couto chegou a ser questionado durante entrevista coletiva sobre a mudança do cabelo, mas desconversou sobre o assunto.
“Estava jogando com o cabelo rosa a temporada toda. Na verdade, foi uma escolha minha, estava dando certo, foi legal. Mas foi uma coisa mais para o Girona, muita gente lá pintou o cabelo, foi meio que moda. Aqui na Seleção, o ciclo encerrou. Sou o Yan de cabelo preto, não muda nada, continua sendo o mesmo”, afirmou o lateral.
Nesta sexta-feira, a CBF se manifestou sobre o assunto de maneira formal, em um comunicado, sem mencionar a questão da tintura ou o nome do jogador. “A CBF reafirma seu compromisso com a liberdade, a pluralidade, o direito à autoexpressão e livre construção da personalidade de cada indivíduo que trabalhe na entidade ou defenda a seleção brasileira. Para a entidade, o desempenho do colaborador fala por si só”, afirmou.
“O compromisso da CBF é com o bom futebol e as melhores práticas de gestão. Cada colaborador ou atleta deve ter autonomia sobre sua própria aparência, credo, orientação sexual, expressão de gênero. Desde o início da atual gestão, a CBF tem como uma das prioridades a luta contra o racismo e qualquer tipo de preconceito no futebol. A entidade é parceria do Observatório da Discriminação Racial no Futebol e do coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ+, e está sempre aberta a novas iniciativas para que o futebol brasileiro se torne um espaço mais inclusivo e livre de preconceitos”, prosseguiu a CBF.
Yan Couto já atuou antes pela seleção brasileira em 2023, quando a equipe era comandada pelo técnico Fernando Diniz e, à época, atuou com o cabelo pintado de rosa.
As informações são da Agência Estado.