12 de junho de 2025

Ata: atividade doméstica segue marcada por sinais mistos em relação a desaceleração


Por Agência Estado Publicado 13/05/2025 às 09h52
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O Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou, na ata da sua última reunião, que alguns fatores elencados durante o encontro dão confiança de que o processo de moderação do crescimento econômico que consta no seu cenário-base deve ocorrer, diante dos impactos de juros considerados significativamente contracionistas pelo colegiado. O colegiado reforçou que já se observa uma incipiente moderação na atividade.

“A política monetária significativamente contracionista já tem contribuído e seguirá contribuindo para a moderação de crescimento”, afirmou o colegiado, no documento publicado nesta terça-feira (13). “A política monetária restritiva já tem tido impactos no mercado de crédito, nas sondagens empresariais, no mercado de câmbio, nos balanços das empresas, assim como na moderação de alguns indicadores de atividade e de mercado de trabalho.”

O comitê destacou que esses impactos são necessários para a convergência, e lembrou que o seu cenário-base prospectivo envolve uma desaceleração da atividade. E reforçou que, por causa das defasagens inerentes à política monetária, espera que os efeitos dos juros sobre a atividade se aprofundem ao longo dos próximos trimestres.

Falando sobre os fatores já observados, o Copom destacou que há inflexão em algumas linhas de crédito. Ao mesmo tempo, o aumento do comprometimento de renda das famílias com dívidas pode antecipar uma menor demanda por crédito, destacou.

“Ressaltou-se, novamente, que a construção da confiança necessária para definir o patamar apropriado de restrição monetária ao longo do tempo passa por assegurar que os canais de política monetária estejam desobstruídos e sem elementos mitigadores para sua ação. Para o cumprimento de seu mandato e convergência da inflação à meta com menores custos, a política monetária deve ser capaz de atuar sem impedimentos em todos os canais”, disse o comitê.

O Copom observou ainda que o mercado de trabalho tem dado “bastante suporte ao consumo e à renda” ao longo dos últimos anos. “Ressaltou-se que a inflexão no mercado de trabalho também é parte do mecanismo de política monetária e deve se aprofundar ao longo do tempo, de modo compatível com um cenário de política monetária restritiva”, disse.

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