Brasileiros mudam preferência por método de pagamento
O brasileiro mudou seu método de pagamento preferido depois do surgimento do Pix. Ferramenta criada pelo Banco Central e disponibilizada desde 2020, o Pix caiu nas graças dos brasileiros e, atualmente, é a opção mais procurada na hora de fazer um pagamento.

A pesquisa O brasileiro e a sua relação com o dinheiro, do Banco Central, mostrou que o Pix superou o dinheiro e já é o meio de pagamento mais usado no Brasil. Os dados foram coletados entre os dias 28 de maio e 1º de julho de 2024 em estados da região sul com uma amostra de 1.000 pessoas. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro de 3,1%.
A coleta dos dados foi realizada por entrevistas domiciliares e nos estabelecimentos. No total, todas as capitais e amostras de cidades de mais de 100 mil habitantes foram as bases adotadas pelo Banco Central. Toda essa amostra evidenciou um momento jamais visto na história dos meios de pagamento.
Dinheiro físico perde espaço entre os meios de pagamento
Na edição de 2021 da pesquisa do Banco Central do Brasil, o dinheiro físico aparecia como meio de pagamento preferido pelos brasileiros. Um total 83,6% dos participantes da entrevista afirmaram, naquela época, que preferiam pagar com dinheiro. Entretanto, em 2024, esse número caiu para 68,9%.
Já o Pix passou de um método de pagamento utilizado por 46,1% dos brasileiros para um percentual de 76,4%. O crescimento de mais de 30 pontos percentuais evidencia que essa alternativa foi a que mais cresceu no Brasil.
Os motivos do Pix ter superado o dinheiro físico como alternativa de pagamento são muitos. Uma delas é a possibilidade de utilizar o Pix em plataformas digitais para fazer pagamentos. Hoje em dia, a digitalização desse método foi tanta que até mesmo o Pix aceito em apostas pode ser utilizado pelos brasileiros.
Outro fator diferencial em favor do Pix como meio de pagamento é a facilidade de pagar utilizando essa alternativa. Diferentemente do dinheiro, onde é preciso levar notas em uma carteira e carregar moedas, o brasileiro faz um Pix com o celular lendo um QR code ou copiando e colando um link.
Essa facilidade na hora do pagamento é outro motivo pelo qual o Pix se destaca como alternativa para pagar por produtos e serviços. Além disso, novos recursos estão para ser instalados na tecnologia por trás do Pix, o que tende a aumentar ainda mais a sua adesão.
Pix por aproximação já é realidade no Brasil
Um dos principais entraves de quem utiliza o Pix para pagamentos é ter que escanear um QR code ou copiar e colar um link em seu aplicativo de pagamento bancário. Sabendo disso, o Banco Central do Brasil anunciou a possibilidade de pagar por aproximação com Pix.
O pagamento por aproximação com Pix funciona da mesma maneira que o brasileiro já paga por produtos ou serviços utilizando um cartão de crédito e débito. Basta ter uma carteira digital e efetuar os pagamentos aproximando o dispositivo da máquina de cartões.
A diferença é que o valor pago não será considerado como custo dentro do cartão de crédito ou débito, mas sim da conta bancária. Com isso, o tempo que quem paga via Pix precisa aguardar é de aproximadamente 6 segundos.
Esse avanço tende a trazer o Pix para um papel de ainda mais destaque no cenário nacional. Com as iniciativas adotadas pelo Banco Central do Brasil, a tendência é de que o método seja utilizado por mais brasileiros e o dinheiro físico perca espaço entre os meios de pagamento.
Sucesso do Pix é entre os mais jovens
Um dado relevante para o Pix é que as faixas etárias mais jovens costumam utilizar esse método de pagamento mais do que os idosos. No caso das pessoas com 60 anos ou mais, apenas 43,9% delas faz uso do Pix para pagar. Um dos motivos é a dificuldade em entender como funciona a nova regra do Pix e confiar nessa opção frente outros métodos que os idosos utilizaram a vida inteira, o dinheiro físico.
Entre a faixa etária de 18 a 45 anos, 8 em cada 10 utilizam o Pix para fazer pagamentos. Isso mostra que existe uma tendência de que o Pix continue sendo a alternativa mais utilizada pelos brasileiros, já que a geração mais jovem é a que mais utiliza essa opção para pagar por produtos e serviços.
Estimativas apontam que o Banco Central continuará investindo no aprimoramento do Pix. Caso o método continue recebendo novos recursos, a tendência é de que se mantenha no topo da popularidade entre os brasileiros.
