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14 de dezembro de 2025

Cemitério de trens na região de Maringá esconde mistérios e histórias


Por Fábio Guillen Publicado 08/05/2021 às 14h05 Atualizado 24/02/2023 às 20h47
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Cemitério de trens fica em Paiçandu, na região metropolitana de Maringá – Foto: Fábio Guillen

Um cemitério de trens em Paiçandu, na região metropolitana de Maringá, esconde mistérios e muitas histórias. São dezenas de vagões que foram abandonados nos antigos trilhos da ferrovia que passava pela cidade. Os vagões, ao que tudo indica, pertenciam à América Latina Logística (ALL), que foi vendida em 2014 para a Rumo.

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O cenário é de terror em alguns pontos. Durante o dia o mato alto esconde vagões enferrujados e desbotados com a exposição ao sol e chuva. E à noite, a escuridão e o medo dos moradores da região. A aposentada Lourdes Rosa Pinto, de 72 anos, disse que já viu de tudo nos vagões durante a noite.

“Ah, tem de tudo, né? Já vi casais fazendo as coisas erradas aí, meninos fumando drogas, festas em vagões. O pessoal vem e faz festa. Traz som e tudo”, disse Lourdes.

A moradora contou que durante o dia é tranquilo. A movimentação ao longo do dia é de crianças brincando no local e moradores da região fazendo fotos, segundo Lourdes. 

“Já vi até noiva aí sujando o vestido tudo de ferrugem [risos]. Eles vem fazer fotografias. Tem uns jovens também que vem fazer foto com celular e andam tudo aí. Em cima e embaixo dos vagões”, acrescentou. 

Alguns moradores dizem que já ouviram barulhos estranhos nos vagões. Alguns transportavam combustíveis e fazem barulhos quando o dia está muito quente. O segurança de um condomínio na região Osvaldo Moura, de 55 anos, disse que alguns moradores falam que é assombração de funcionários da antiga ferrovia, mas ele não acredita muito não. 

“Então o pessoal diz que já viram coisas estranhas aí viu. Sombras, gritos, vozes. Eu nunca ouvi nada de anormal. Uma vez levei um susto porque escutei um barulho estranho e fui observar de perto. Foi aí que descobri que era ar de um vagão de combustível. Fiquei com medo na hora, mas depois vi que é de boa. Não tem nada aí não”, contou o morador. 

Vídeo: Fábio Guillen

O maior mistério dos vagões é o motivo por estarem abandonados. Ninguém sabe. Os moradores também se perguntam porque a empresa abandonou tantos vagões que poderiam terem sido leiloados ou virado sucata. “Ninguém entende o que se passa pra fazerem isso, né? É tudo muito esquisito porque ninguém da empresa nunca nem veio aqui”, disse um morador que não quis se identificar.

Para quem gosta de tirar fotos diferentes em locais antigos, o cemitério de trens de Paiçandu é uma boa opção. Só é preciso tomar muito cuidado para não se machucar no local. Durante o dia é fácil avistar crianças e adolescentes soltando pipas na região. O cemitério de trens fica na Avenida na Avenida Independência, perto da esquina com a Rua Francisco Marques dos Reis, em Paiçandu. Os trens estão na linha férrea desativada. 

Foto: Fábio Guillen

O que diz a prefeitura 

A Prefeitura de Paiçandu informou, em nota, que já fez várias solicitações para que a empresa Rumo Malha Sul S/A, responsável pela concessão da ferrovia, faça a retirada dos vagões do local. Os ofícios 93/2018, 322/2019 e 225/2021 foram enviados em 2018, 2019 e 2021. Ainda segundo a nota, em 20 de abril de 2021 a empresa Rumo Malha Sul S/A informou que a previsão é de que os vagões sejam retirados do local nos próximos meses. A Prefeitura de Paiçandu informou ainda que está acompanhando o caso. 

Veja a nota na íntegra que a Rumo Malha Sul S/A enviou à Prefeitura de Paiçandu em 20 de abril de 2021: 

“A previsão é que o aditivo seja assinado nos próximos meses, e após a publicação do termo aditivo, todos os bens móveis (vagões e locomotivas) arrendados serão transferidos para a propriedade da rumo e teremos autorização para destinar adequadamente os equipamentos ferroviários, atendendo plenamente a solicitação e solucionando a questão definitivamente”.

Veja fotos do cemitério de trens de Paiçandu

Foto: Fábio Guillen
Foto: Fábio Guillen
Foto: Fábio Guillen
Foto: Fábio Guillen
Foto: Fábio Guillen
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Foto: Fábio Guillen
Foto: Fábio Guillen
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Foto: Fábio Guillen
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Foto: Fábio Guillen
Foto: Fábio Guillen

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