Em Maringá e região são 93 escolas da rede estadual de ensino e 54 mil alunos. Há duas semanas, o Núcleo Regional de Educação (NRE) recebeu uma normativa da Secretaria Estadual de Educação (Seed) orientando que apenas estudantes com atestado médico podem ficar 100% no ensino remoto. Os demais precisam ir para as aulas presenciais no sistema de rodízio. Uma semana na escola e outra em casa.
Nem todos os pais estão sabendo disso e 20% dos alunos estão com baixa frequência nas aulas, diz a chefe do Núcleo Regional, Isabel Lopes. “20% de 54 mil alunos da rede ainda é um número muito alto. Os pais acham que ainda tem o poder de escolha, se querem ou não mandar os filhos para a escola. Agora, essa obrigatoriedade de mandar para a escola volta como era antigamente. Então, só fica para a aula online crianças que têm atestados médicos ou comorbidades que a impedem de comparecer presencialmente às escolas”, explica Isabel.
Cada escola e cada turma têm graus diferentes de ensino remoto. Algumas turmas estão com aulas 100% presenciais. “São as escolas que fazer o rodízio, mas os pais precisam procurar a escola e precisam se certificar como estão os protocolos de segurança, quais dias os filhos teriam aula presencial. Então, eles precisam procurar as escolas, assinar esse documento de que eles têm ciência disso e começar a mandar as crianças para aula nos dias estipulados pela direção e equipe pedagógica”, afirma a chefe do Núcleo Regional.
O Núcleo está fazendo um chamamento dos pais, mas poderá recorrer ao Ministério Público. “Nós estamos fazendo primeiro esses chamamentos pelos meios de comunicação, mas o nosso próximo passo seria, então, recorrer ao Ministério Público e aos conselhos tutelares para visitarem essas famílias e saberem porquê dessas faltas à escola”, diz Isabel.
Em setembro, o ensino na rede estadual deverá ser retomado integralmente na forma presencial.
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