32% das famílias de Maringá moram de aluguel, indica pesquisa

Os dados mostram que o percentual de imóveis locados em Maringá ultrapassa a média paranaense. Enquanto no Paraná 18% das famílias moram de aluguel, em Maringá o número é de 32%, cerca de 50 mil famílias. O levantamento foi contratado pelo Sinduscon/PR-Noroeste, o Sindicato da Indústria da Construção Civil, e Sebrae/PR.
A pesquisa ainda traz dados sobre o crescimento demográfico de Maringá, que fica acima da média brasileira e paranaense. Por ano, formam-se em Maringá cinco mil novas famílias, crescimento de 3,1%. Enquanto no Paraná e Brasil, a taxa é de 2,4% e 2,5%, respectivamente.
E o contexto do momento atual no país reflete nesses números. É o que analisa o empresário do setor imobiliário, Silvinho Iwata. Segundo ele, há uma grande procura por Maringá de investidores de grandes cidades e o aluguel de imóveis já mobiliados, longe do trânsito intenso, é a primeira alternativa.
“A gente viu muito as pessoas não precisarem mais do espaço do escritório para trabalhar. O home office trouxe muito essa mudança do conceito de se morar. Hoje a gente recebe muitas pessoas de fora: de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Goiás… de diversas cidades grandes do Brasil, porque Maringá também ficou com bastante expressão em âmbito nacional, o que atraiu muita gente. E a pessoa que trabalha, já tem uma vida consolidada em uma cidade grande, ela vem para cá, ela vai primeiro se adaptar, então vai alugar. Dificilmente ela vem e já compra, até porque quando você muda de cidade você não sabe qual a melhor localização, onde você vai se adaptar melhor. […] Se você quer morar no centro e ainda assim ter uma ciclovia perto, não ter muita poluição sonora, ter uma vista legal, ter mercado e shopping próximo, você consegue em Maringá”, detalha.
Além disso, a facilidade para locação de imóveis hoje é muito maior.
“Maringá tem um metro quadrado muito valorizado para aquisição. Então ele faz a comparação do valor do metro quadrado do terreno, de um apartamento em Maringá, com outras cidades grandes, ele vê em Maringá o metro quadrado muito valorizado. Isso porque Maringá é uma cidade que em si é valorizada, tem indicadores diferentes. E hoje você tem no mercado de locação uma facilidade maior do que você tinha anteriormente. Há cinco anos atrás, você precisava de uma lista de no mínimo dez documentos para fazer a locação. Hoje você consegue fazer isso através de um site, um aplicativo”, acrescenta Silvinho Iwata.
Na análise do presidente do Sinduscon/PR-NO, Rogério Yabiku, existem duas formas de avaliar esses dados do setor de locação. Há a oportunidade desses locatários virarem proprietários posteriormente.
“Existem duas maneiras de interpretarmos isso: que existem realmente pessoas em Maringá que são investidores de imóveis, que comprar esses imóveis e colocam para locação, o que vem bem de encontro àquele ditado de que o imóvel é um sempre um investimento seguro. E também existe outro ponto: que existe uma brecha bem grande para as construtoras que oferecem o primeiro imóvel próprio para esse público. Essas pessoas que moram em locação elas têm grande potencial de comprar a sua moradia”, frisa.
Ouça a entrevista completa aqui.
