59% dos maringaenses pretendem sair do aluguel em 5 anos, diz pesquisa

Concretizar o sonho de adquirir a casa própria pode parecer distante para quem mora de aluguel, mas quem já se vê nessa nova realidade garante que o que vale a pena é tentar. A Pollyjane dos Reis é uma das maringaenses que já realizou esse sonho. Ela morava de aluguel e por muito tempo pensou que adquirir a casa própria estava fora da sua realidade. Até que ela decidiu tentar.
“Eu tinha um sonho também e na verdade eu achava que era muito mais difícil do que foi realmente o processo. Eu optei por comprar um apartamento na planta, que você tem algumas facilidades de pagamento, valores, além do incentivo de alguns programas sociais de nível federal, estadual e municipal. Eu visitei uma construtora, sem pretensão nenhuma. A princípio eu achei que era muito mais complicado do que realmente aconteceu. Quando fizeram a análise, me foi mostrado uma simulação, e ali eu vi que ficaria mais barato do que o aluguel que eu estava pagando”, explicou Pollyjane.
As facilidades dos programas sociais a ajudaram a concretizar esse sonho e a chave do seu primeiro imóvel foi entregue a ela e a mais 300 moradores do Solar das Laranjeiras, viabilizado pelo ProZeis, neste sábado.
“Tô bem feliz por pegar a chave. Atendeu nossas expectativas, de acordo com o que a gente comprou, porque a gente compra um projeto, então na hora que entrega e vamos visitar é bem impactante”, completou Pollyjane.
A história da Pollyjane pode ser a realidade de muitos maringaenses em um futuro próximo. Pelo menos é o que apontou uma pesquisa feita pela DataMarket Inteligência de Mercado e a Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM).
Os dados mostraram que 59% dos inquilinos pretendem comprar imóvel nos próximos cinco anos, explica um dos coordenadores da pesquisa, o professor doutor Vitor Nogami.
“O número de pessoas que gastam mais de R$ 3.000,00 com aluguel e condomínio também subiu, de 1 para 4%. Então a gente identificou que as pessoas estão gastando mais por conta de vários fatores da indústria do setor imobiliário. Desses 59%, 14% apontaram que vão depender pouco ou nada de um financiamento. Já 44% apontaram que vão depender muito de um financiamento”, explicou o professor doutor Vitor Nogami.
Ele analisa o que esses dados representam para o mercado.
“Mostra o otimismo do maringaense, o fortalecimento da economia da cidade. A gente também perguntou na nossa pesquisa qual era a expectativa do orçamento familiar para os próximos anos e de 2021 para 2023 nós tivemos um aumento de 12 pontos percentuais no otimismo do maringaense em relação o orçamento familiar. Agora, em 2023, 53% dos maringaenses disseram que acreditam que vão aumentar um pouco o seu orçamento para os próximos dois anos. Já 20% acham que vão aumentar bastante, ou seja, são 73% de maringaenses que estão otimistas para ter um rendimento maior nos próximos dois anos. Isso implica em investimentos em várias áreas. Gastos com compras, e-commerce, viagem, uma troca de produtos mais baratos por produtos com maior valor agregado no mercado e, também, a troca do aluguel pela casa própria”, analisou um dos coordenadores da pesquisa Vitor Nogami.
Segundo Vitor, a pesquisa foi bastante ampla, para vários segmentos, e ouviu mais de 1,2 mil maringaenses.
“O objetivo dela é mapear o perfil do consumidor maringaense. Nós pesquisamos onze setores sobre hábitos de consumo, preferências de compra, orçamento, frequência de compras em determinados setores. O principal objetivo da pesquisa é gerar informações de qualidade para a tomada de decisão empresarial. As empresas que podem se beneficiar são tanto os pequenos e microempresários, quanto grandes empresas”, afirmou.
A margem de erro da pesquisa é de 2,78%.
“O principal diferencial dessa pesquisa é o seu rigor metodológico. Nós temos um intervalo de confiança de 95% e isso foi alcançado com a aplicação de 1.237 questionários respondidos na íntegra e certificados por quatro variáveis: sexo, faixa etária, região e renda. Então nós conseguimos uma distribuição em toda a cidade desses quatro perfis”, concluiu Vitor Nogami.
Em relação ao mercado imobiliário, o que a Pollyjane aprendeu é que para alcançar os objetivos, é preciso tentar.
“Tem que ir na construtora, ir na imobiliária e escutar. Às vezes você acha que você não consegue pagar, mas hoje, através do financiamento o dos programas sociais você consegue somar. ‘Ah mas você vai pagar durante 30 anos’, mas serão 30 anos que vai pagar um bem seu. Você pode ficar 30 anos pagando aluguel também”, incentivou Pollyjane.
Acesse aqui a pesquisa completa.
