Clôdimar Pedrosa Lô, monsenhor Bernardo Abel Alphonse Cnudde, Arthur Salomão, Márcia Constantino, Fabíula Regina Coalio: nomes que já estão marcados na memória dos maringaenses, pessoas que são lembradas pelas histórias de vidas e mortes trágicas e cujos túmulos seguem sendo os mais visitados no Cemitério de Maringá.
- Clique aqui e receba as notícias do GMC Online pelo WhatsApp
Nesta terça-feira, 2 de novembro, dia de Finados, pelo menos 100 mil pessoas devem passar pelo Cemitério, segundo a Prefeitura.
Relembre a história das pessoas que têm os túmulos mais visitados
Clôdimar Pedrosa Lô
É o túmulo mais visitado do Cemitério de Maringá no Dia de Finados. Considerado um santo popular não reconhecido pela Igreja Católica, o adolescente de 15 anos foi torturado até a morte por policiais, na madrugada de 24 de novembro de 1967. Ele era suspeito de roubo. O pai do adolescente, Sebastião Pedrosa Lô, veio do Ceará para Maringá e matou o homem que acusou o filho. Diversos milagres são atribuídos ao jovem e sempre foram rejeitados pela família. Seu avô, o pastor Oésio Pedrosa, durante anos distribuiu um folheto detalhando as circunstâncias da morte do neto e descartava casos que o associavam a fatos inexplicáveis. A história de Clodimar virou livro, filmes, música e documentário.
Monsenhor Bernardo Abel Alphonse Cnudde
A segunda sepultura mais visitada é a do monsenhor Bernardo Abel Alphonse Cnudde, um padre popular que atuou por 31 anos como pároco da Paróquia Divino Espírito Santo, na Zona 7. Nascido em Saint Saulve, na França, ele veio para Maringá convidado por Dom Jaime Luiz Coelho, 1° Arcebispo de Maringá, que o chamou para atuar na Diocese da cidade. Iniciou seus trabalhos como vigário colaborador na Paróquia Santa Maria Goretti, na Zona 7, depois auxiliou por 18 meses na Paróquia Santa Isabel do Ivaí na Diocese de Paranavaí, em 1968. Em 1969, retornou para a Arquidiocese de Maringá, atuando na paróquia Divino Espírito Santo, também na Zona 7; permaneceu até o ano de 2000, quando faleceu de infarto fulminante. Segundo a Arquidiocese de Maringá, ele não queria ser sepultado no cemitério Rainha da Paz, que é dedicado aos religiosos da Igreja católica, mas junto com o povo. Por isso foi sepultado no Cemitério Municipal. Seu túmulo fica na quadra 7, ao lado do cruzeiro principal do cemitério.
Arthur Salomão
O menino tinha 3 anos quando foi morto por uma bala perdida em 2012 no Jardim Alvorada, em Maringá. No momento, ele estava acompanhado da avó e da tia. Quando desceram do carro, os suspeitos passaram pelo local trocando tiros. Ele chegou a ser encaminhado para o hospital, mas não resistiu. O túmulo fica na quadra 47.
Márcia Constantino
O crime chocou a cidade. Márcia morreu aos 10 anos, em 2007. A garota brincava no pátio da igreja evangélica que frequentava com os pais. O autor do crime, Natanael Búfalo, pegou a criança enquanto os pais participavam de um evento. Ela foi encontrada na manhã seguinte. Márcia teve corpo queimado depois de ser estuprada e morta. Natanel Bufálo confessou o crime e foi condenado a 47 anos de prisão.
Fabíula Regina Coalio
A adolescente Fabíola Regina Coalio, 12 anos, foi atropelada por um motorista que disputava um ”racha”, na Avenida Colombo no dia 13 de agosto de 2003. A menina atravessava a avenida e morreu no local. Um dos participantes do racha foi preso minutos depois, mas o motorista que teria atropelado a menina fugiu sem prestar socorro. Em 2009, os dois motoristas foram levados a júri popular e condenados por homicídio doloso.
Cemitério Parque
A lápide mais procurada no Cemitério Parque de Maringá é a do major Abelardo José da Cruz, comandante da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) de Maringá, que morreu em 23 de dezembro de 1994, enquanto trabalhava. O major avistou cavalos soltos na BR-376 e parou para que a equipe retirasse os animais da pista. Um motorista perdeu o controle do carro e atingiu em cheio a viatura, matando o major. Desde então, Abelardo José da Cruz, que era tido pela corporação como um excelente policial, recebeu muitas homenagens em Maringá. Dentre elas, o nome da 4ª Companhia de Polícia Rodoviária Estadual, que tem o nome do major, o Contorno Norte de Maringá, que também recebeu o nome do policial, e a rua em que foi sepultado no Cemitério Parque. Leia mais sobre a história do major aqui
A lápide do atleta Matheus Crema da Silva, de 15 anos, também está entre os túmulos mais visitados no Cemitério Parque de Maringá. Matheus morreu enquanto jogava futsal em um clube da cidade em agosto de 2012. Ele caiu e bateu a cabeça. O menino chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital.
Saiba Mais
Para consultar informações sobre falecimentos, basta acessar o link
Veja abaixo fotos dos túmulos mais visitados
Arquivo GMC Online