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Acidentes com escorpiões tem aumentado em Maringá. Só na cidade já foram registrados em torno de 300 acidentes com escorpiões este ano, perto de 100 a mais que no mesmo período do ano passado. Segundo o gerente de zoonoses, Eduardo Alcantara Ribeiro, 80% dos casos são com adultos.
“Desde o início do ano até agora, nós já tivemos cerca de 300 casos, mas tem o aumento de quase casos se comparado ao período do ano passado. Temos ainda alguns meses até o final do ano, provavelmente vamos ter um aumento de casos”, diz.
O escorpião é um animal de hábitos noturnos. Eles se reproduzem por partenogênese, isto é, a fêmea “se multiplica” sozinha, gerando de 10 a 15 filhotes de uma vez, por isso é praticamente impossível pensar em exterminar o escorpião do ambiente urbano, explica o gerente de zoonoses.
“A fêmea não precisa de macho, ela produz clones dela mesma duas ou três vezes ao ano. São crias com 10 a 15 filhotes. Mesmo que ele elimine as baratas da minha casa, ele pode se alimentar de outros escorpiões e achar um equilíbrio. Por isso que é improvável que a gente consiga eliminar o escorpião da nossa convivência”, explica.
E nesta época do ano, o escorpião fica mais ativo. Sai dos esconderijos em busca de água ou é desalojado por causa do excesso de chuva. Segundo Eduardo, os casos de acidentes com escorpião têm aumentado em várias regiões.
Mas quando a picada do escorpião é em crianças, o perigo é maior. Elas são mais sensíveis ao veneno, que pode ser fatal. Em Maringá, esta semana, um menino de 9 anos foi picado por um escorpião amarelo no pé, enquanto calçava o tênis.
Evitar a incidência de acidentes com o animal peçonhento está atrelado a limpeza dos ambientes e cuidado ao aplicar produtos químicos, que podem causar o efeito contrário e até atrair o escorpião.
Caso alguém encontre um escorpião, a orientação é acionar a Ouvidoria Municipal, e em caso de acidente, procurar uma unidade de saúde.