Agosto tem jazz, blues e café especial nas xícaras de Maringá

A Rota dos Cafés Especiais de Maringá e Região promove, durante todo o mês de agosto, o Festival do Café – Jazz & Blues para unir música e café especial para envolver o público em experiências sensoriais que envolvem playlists especiais e apresentações de música ao vivo. Para dar início, durante o evento Ca Fé On, que ocorre neste fim de semana (02 e 03 de agosto, nos barracões do antigo Instituto Brasileiro do Café (IBC), em Maringá, haverá o lançamento de dois cafés especiais da Rota em homenagem ao festival: o Café Jazz e o Café Blues, ambos originados da colheita coletiva feita na fazenda do Seu Zé, em Terra Boa — um produtor que recebeu os membros da rota para um momento de histórias inspiradoras e muito conhecimento sobre a lavoura.
Os cafés foram colhidos manualmente na propriedade do seu José, em Terra Boa (região de Cianorte), e agora ganham vida em duas versões distintas: Café Jazz, torrado pela Café Tamura, e Café Blues, torrado pela Café Semeado. O mesmo café verde foi torrado em duas versões, mostrando as variações possíveis usando um mesmo insumo, valorizando todos os processos de produção para que a bebida chegue à xícara, como explica Patrícia Duarte, presidente da Rota dos Cafés Especiais, que reúne 29 associados na cidade e na região. “Foi uma experiência muito legal de aproximar quem está por trás do balcão de quem faz o trabalho inicial da plantação. Muitos deles não conheciam uma plantação de café, então foi bem emocionante. Eu nunca tinha colhido. Lembro da minha mãe contando que ela tinha colhido o café quando era jovem”.
Além das experiências sensoriais e do fortalecimento da cultura dos cafés especiais, a campanha também reforça a missão da Rota: criar pontes entre produtores, torrefadores, baristas, cafeterias e consumidores, fortalecendo a cadeia produtiva, promovendo educação, colaboração e visibilidade ao setor, começando no campo e terminando na maneira como os amantes de café apreciam o resultado final, como detalha, Eduardo Barros, que faz parte da comissão organizadora do festival e é dono de uma padaria artesanal em Mandaguari. “Eu acredito que a experiência sensorial, necessita do contato afetivo. E eu vejo que a música traz muito o afeto para o indivíduo, porque as nossas memórias são resgatadas com a música. Nós produzimos 18 mil sacas de cafés ao ano na nossa cidade e lá em Mandaguari, hoje eu tenho um trabalho de pesquisa em cima dos processamentos pós-colheita. O sensorial da xícara começa depois que o agricultor fez a parte dele, nos tipos de processamento diferentes e aí, depois, vai para a extração, que é o trabalho que a gente faz aqui na Rota. Nós já temos agricultores e as torrefações também compondo a Rota dos Cafés Especiais de Maringá e região”.
A programação completa do Festival está no link
