Alunos se mobilizam e dormem na reitoria da UEM
Acadêmicos da Universidade Estadual de Maringá (UEM) se juntaram à mobilização nacional e pernoitaram na reitoria da instituição de quinta para esta sexta-feira, 9. É uma ocupação pacífica.
O objetivo era obter respostas às reivindicações que incluíam o pagamento das bolsas da Capes, contratação de professores e a não terceirização dos hospitais universitários.
Duas das pautas apresentadas pelos alunos foram atendidas ainda nessa quinta-feira, 8.
Sobre o pagamento das bolsas, o MEC anunciou o desbloqueio para o pagamento dos bolsistas. Na UEM, são cerca de 1 mil. Sobre a contratação de professores, os alunos afirmaram que conseguiram uma resposta.
Mais de vinte alunos continuam mobilizados na reitoria da instituição nesta sexta-feira, 9, e à tarde deverão definir sobre a continuidade da ocupação, explica um dos coordenadores do DCE, Gabriel Ramos.
“A nível de universidade, a gente conseguiu a contratação de professores conforme a proposta que era decidida pelos próprios estudantes. Foi um empenho muito grande da comunidade acadêmica, particularmente dos discentes para ter acesso às informações para poder se inserir nessa discussão e propor um modelo de contratação e contemplar de forma equânime, ou seja, que atendesse aqueles cursos que mais precisam. Então, essa foi uma vitória que tivemos ontem numa reunião do Conselho de Administração aqui da UEM. E na noite de ontem, também, a gente teve resposta por parte do governo federal, do MEC, dizendo que pagará a bolsa da pós-graduação das universidades de todo o Brasil. E, no final da tarde, a gente vai fazer outra reunião para ver quais são os rumos da ocupação”, disse Ramos.
A UEM se manifestou em nota sobre o assunto. Disse que está acompanhando a mobilização. Sobre a pauta apresentada pelos alunos contra a terceirização dos hospitais universitários, a UEM diz estar tentando com o Sinteemar um ônibus para que os alunos acompanhem a votação do projeto de lei.
Leia na íntegra:
A Reitoria da Universidade Estadual de Maringá acompanha de perto a mobilização dos estudantes e vem atuando para atender a pauta de reivindicações apresentada pelo movimento de ocupação iniciado ontem. Das pautas apresentadas, duas já foram atendidas: o Conselho de Administração votou a proposta, bem recebida pelos estudantes, que torna mais igualitária a divisão das vagas para a contratação de professores, especialmente para os cursos mais precarizados. Uma outra reivindicação, que pedia o pagamento das bolsas da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), também foi atendida, pois ontem o órgão do Ministério da Educação anunciou o desbloqueio para o pagamento de 200 mil bolsistas, entre eles cerca de 1 mil da UEM.
Por outro lado, no que diz respeito à pauta contra a terceirização dos hospitais universitários do Paraná, a Reitoria está em tratativa com o Sinteemar para que o sindicato disponibilize um ônibus, na segunda-feira (12), que levaria os estudantes a Curitiba a fim de eles possam acompanhar a votação do Projeto de Lei 522/2022.
