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17 de dezembro de 2025

Alvo de polêmicas em Maringá, Av. Petrônio Portela tem 1ª noite vazia após mudanças


Por Ricardo Freitas e Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 10/12/2021 às 13h06 Atualizado 21/10/2022 às 01h11
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Foto: Equipe GMC Online

A avenida Senador Petrônio Portela, em Maringá, tem sido alvo de polêmica e atenção durante toda a semana. A tradicional aglomeração no local, feita principalmente por jovens, e um assassinato colocaram esse ponto da cidade no centro das discussões. Reuniões foram feitas entre representantes da prefeitura, vereadores, polícia e comerciantes na tentativa de resolver o problema, e resultaram em mudanças na fiscalização e no trânsito da região. Elas puderam ser vistas, na prática, na noite desta quinta-feira, 9. 

O local que era para estar cheio de carros e pedestres, circulando com bebida e som alto, estava completamente vazio. Não havia carros estacionados e nem gente andando. Os poucos bares que abriram, registraram movimento muito baixo. Viaturas da Guarda Municipal e da Polícia Militar foram posicionadas em trechos estratégicos para a fiscalização. Poucos carros passaram pela avenida, um trânsito bastante tranquilo se comparado a outras quintas-feiras. 

A Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) começou a instalar placas de sinalização na avenida informando a proibição de estacionamento no local das 20h às 6h, cinco dias após o tiroteio que terminou com um jovem morto e três pessoas baleadas no local. 

Foto: Equipe GMC Online

Reunião

Outras ações devem ser realizadas na avenida pela prefeitura. Representantes da segurança pública se reuniram na manhã desta quinta para discutir o assunto, aproveitando a vinda do secretário de Segurança Pública do Paraná, o coronel Romulo Marinho Soares. 

Na reunião estavam policiais militares, civis, o presidente do Conselho de Segurança de Maringá (Conseg), Antônio Tadeu Rodrigues, o vice-prefeito de Maringá, Edson Scabora, dentre outras autoridades. 

Veja o vídeo do assassinato na avenida:

Aglomeração

Rita Rezende, que mora próximo à avenida, diz que a primeira noite de estacionamento fechado foi um sossego.

“Nossa, foi uma maravilha, um sonho. A gente nem acreditava que ia poder dormir, dormimos a noite inteira, foi um silêncio total, a rua amanheceu super limpa as calçadas, foi uma maravilha, foi muito bom, realmente funcionou, espero que continue assim”, relatou a moradora.

O vereador Flávio Mantovani acha que a solução é mais complexa. Ele criou um grupo de estudo após uma audiência pública sobre poluição sonora e tem ouvido relatos de moradores e comerciantes.

“A gente entende também que essa é uma medida que não vai resolver o problema, as pessoas vão se aglomerar em outro local ou possam ir para outro canto e óbvio que o poder público tem que agir, tanto as forças de segurança pública, como também o município, para poder avaliar esses locais que estão sendo utilizados pelos jovens, a gente entende que as pessoas tem o direito de se divertir, de sair e beber com os amigos, a questão é a segurança pública, né? Quando se começa com tiroteio, obstrução da via pública, algo nesse sentido, o poder público tem que agir”, afirma Mantovani.

“Então diante daquela comissão que nós fizemos depois da audiência pública para tratar da poluição sonora, e que em tese a aglomeração nas vias públicas não tem muito haver com a puluição sonora, mas como nós temos carros que fazem som, pessoas causando baderna após as 22h em alguns pontos específicos né, a gente não pode nunca generalizar, então a comissão teve essa ideia e através da Semob nós fizemos essa intervenção na Petrônio Portela. Nós acreditamos que isso não vá resolver o problema, mas certamente, amenizou, e muito”, explica o vereador.

Um dos pontos críticos da cidade é a Avenida Herval. O sócio-proprietário de um bar na região, Hudson Albanez, entrou em contato com a CBN Maringá para desabafar. 

A aglomeração de jovens não tem relação com os bares, diz ele. Pelo contrário, traz gastos extras com segurança durante a noite e com a limpeza das calçadas no dia seguinte; além de afugentar os clientes do bar. Um drama vivido toda sexta e sábado. E os jovens se recusam a sair da avenida.

“Esse problema está acontecendo nas sextas e aos sábados, especificamente nesses dois dias. A gente tá trabalhando normal, no happy hour, vai atendendo todo mundo e conforme vai avançando a noite, a partir das 23h, começa a chegar muita gente na Herval. São jovens que trazem bebidas dentro carro, em isopor, caixa térmica, com gelo, bebidas que nós não vendemos nos bares e eles ficam ali naquela região consumindo, alguns vem com som automotivo, com som alto e isso acaba atrapalhando todo mundo ali, incomoda muito a vizinhança. Não gera lucro para os bares, nós tentamos tomar algumas medidas que é assim, fechar mais cedo, contratar segurança, mas nada disso tá sendo efetivo. Então o meu cliente ele tá frequentando o bar de domingo a quinta, na sexta e no sábado ele tá evitando de ir ao bar devido a essa aglomeração”, conta Albanez.

Em nota, a Prefeitura de Maringá disse que tem participado de reuniões e audiências públicas com a presença de vereadores, representantes das polícias militar e civil, de associações de moradores e de bares e restaurantes na busca de soluções conjuntas para o som alto e aglomeração de pessoas.

Foto: Equipe GMC Online

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.

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