Só neste ano, a empresária Patrícia Paixão encontrou cinco escorpiões amarelos em casa, na Zona 7, em Maringá. O último foi localizado na sexta (28). Ela tem duas filhas pequenas, uma de 5 e outra de um ano idade, e a situação preocupa.
“Moro aqui há quase 4 anos e vou ter que me mudar de casa, tenho muito medo por conta das minhas filhas. A mais nova fica no chão engatinhando e já pensou se ela pisa em um escorpião?”, diz a mãe.
De acordo com ela, ao redor da casa dela, na Rua Marechal Deodoro, tem dois imóveis abandonados que têm telha, madeira velha no quintal e mato. Ela disse que já reclamou na prefeitura, que notificou os proprietários, mas o problema não foi resolvido.
Quem também está preocupada é a secretária Estela Alves Leão, moradora da Rua José Benitis Munhoz, Jardim Guairacá. Na manhã desta terça-feira (2), ela encontrou um escorpião preto perto do carrinho do bebê dela, que tem dois meses.
“Na frente da minha casa tem uma data da prefeitura muito suja, com mato alto. Direto aparece aranha aqui. Ano passado achei quatro escorpiões pretos dentro de casa”, relata a moradora.
A reportagem entrou em contato com a prefeitura, que disse que a moradora fez reclamação pelo 156 hoje e que a demanda já foi encaminhada para o setor responsável.
Números preocupam
Até o dia 27 de setembro, já foram registados 858 reclamações e atendimentos referentes a escorpiões em Maringá. Desses, 545 escorpiões foram recolhidos, sendo 494 amarelos e 47 pretos.
O número já é quase o dobro da quantidade encontrada em todo o ano passado, quando 293 escorpiões foram recolhidos. Foram 32 amarelos, 59 preto e dois ananteris.
Só no primeiro quadrimestre deste ano, 330 casos de acidentes com escorpiões foram registrados na cidade. O bairro com maior incidência é a Zona 5, com 53 escorpiões encontrados, seguido do Jardim Atalaia, com 41 e Zona 3, com 30.