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26 de abril de 2024

Apesar do apelo, idosos seguem andando de ônibus neste sábado


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 11/07/2020 às 14h44 Atualizado 24/02/2023 às 18h43
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Foto: Luciana Peña/CBN Maringá

Após a decisão de proibir o transporte coletivo aos fins de semana ser revista pela Prefeitura de Maringá, a cidade viu neste sábado, 11, ônibus circulando com muitos idosos.

A prefeitura informou que não haveria fiscalização e que esperava bom senso da população para não ficar andando de ônibus sem necessidade. Faltou combinar com os idosos.

O vendedor de passe Paulo Sérgio Silva disse que na manhã de sábado os idosos eram a maioria no terminal urbano.

E realmente durante a manhã a reportagem encontrou muitos idosos circulando no terminal. O Sinésio Galerino veio do Jardim Universo para o centro da cidade com a desculpa de que precisava ir a uma lotérica. Ele não sabia que lotérica está proibida de abrir aos sábados.

O aposentado Valdecir Dias também veio para o centro da cidade porque achava que as lojas estivessem abertas. Perdeu a viagem.

A reportagem conversou com mais dois idosos que não quiseram gravar entrevista. Um deles veio fazer compras num supermercado. Disse que veio a pé, mas ia voltar de ônibus. Outro idoso é conhecido no terminal pelos vendedores de passe porque está sempre “passeando de ônibus”. E mesmo com o cartão do idoso suspenso, ele continua viajando para lá e para cá. Aos 84 anos, viúvo, disse que não gosta de ficar em casa parado e que não tem medo de ficar doente, porque tem boa saúde.

A restrição no transporte coletivo foi adotada no início da semana para reduzir a circulação de pessoas. Mas imediatamente veio a pergunta: e os trabalhadores que dependem do transporte público, como vão fazer?

Dois dias depois, a prefeitura reconsiderou e decidiu liberar o transporte coletivo apenas para trabalhadores.

Em entrevista à Live GMC, o prefeito Ulisses Maia disse que esperava que as empresas oferecessem transporte aos trabalhadores. Mas mesmo os trabalhadores de empresas que já oferecem transporte poderiam ser prejudicados.

É o caso da nutricionista Vivian Costa. Ela trabalha numa indústria de alimentação que busca e leva trabalhadores. Mas o horário da Vivian não bate com o horário do ônibus oferecido pela empresa.

Quem também foi beneficiado com a reviravolta dos decretos foi o encarregado de frios Gustavo Gomes. Ele mora em Paiçandu e trabalha num supermercado aqui de Maringá. Sem ônibus, talvez ele nem conseguisse trabalhar no fim de semana.

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