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25 de novembro de 2024

Aplicativo para prevenir mortandade de abelhas será lançado


Por Letícia Tristão/CBN Maringá Publicado 30/08/2022 às 14h33 Atualizado 20/10/2022 às 16h38
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Foto: Ilustrativa/Pixabay

O município de Paraíso do Norte registrou em agosto do ano passado um caso de morte em massa de abelhas em colmeias e apiários. Para apurar o caso, o Ministério Público iniciou uma investigação e concluiu que se tratava do uso irregular de agrotóxicos. Uma audiência pública debateu o assunto em março deste ano em Paraíso do Norte. 

A partir daí, foram pensadas ações de combate à mortandade de abelhas, que são fundamentais para a manutenção e equilíbrio da biodiversidade. 

Para tentar coibir o problema, o Núcleo de Campo Mourão do Gaema, o Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo do MP, em parceria com a Universidade Estadual de Maringá, desenvolveram um aplicativo para auxiliar na fiscalização. O sistema foi desenvolvido pelo mestre em Química Lucas Dolis Guerra Villalobos, graduado pela UEM, que cedeu o app para uso do MP.

De acordo com a promotora de Justiça, Rosana Araújo de Sá Ribeiro, coordenadora do Gaema, essa mortandade pode ser causada em especial pelo uso do agrotóxico Fipronil, muito utilizado em plantações de cana-de-açúcar, mas também em outras culturas.

“Via de regra, com a aplicação indevida de agrotóxicos, ocorre a mortandade total dos aviários, das abelhas que estão próximas, a cerca de 300 m à 1 km de onde ocorre a aplicação. Então, sempre que ocorre a mortandade total dos apiários onde estão situadas as abelhas, o grande causador dessa mortandade seria o fipronil, agrotóxico aplicado especialmente na cana de açúcar”, informa a promotora. 

“A abelha é um animal essencial à vida no planeta, o maior indicativo de biodiversidade de uma área seriam as abelhas. Então, com a mortandade de abelhas, estamos quebrando essa biodiversidade do sistema”, completa.

A promotora explica que o aplicativo tem o objetivo de agilizar o processo de aviso às autoridades, principalmente por parte de agricultores e apicultores, para que possam agir rapidamente em caso de registro de morte de abelhas.

“É instrumentalizar os órgãos da fiscalização do estado do Paraná, especialmente a Adapar, e a comunidade em geral para que, uma vez constatada a mortandade de abelhas, as autoridades fiscalizadoras possam receber de imediato a notícia, não só autuando o infrator, mas também combatendo a mortandade das abelhas que acontece em todo o estado do Paraná”, alerta a especialista. 

O lançamento do aplicativo “App Pólen” será na Casa da Cultura de Paraíso do Norte, nessa quarta-feira, 31, e terá transmissão online. O app pode ser baixado em lojas online de aplicativos e pode ser acessado pelo site do MP.

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá. 

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