13 de julho de 2025

Após quase dois anos, maringaense recupera celular furtado: ‘Estava em Feira de Santana, na Bahia’, diz


Por Camila Maciel Publicado 28/06/2025 às 08h50
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Foto: Reprodução | Arquivo Pessoal

O coordenador de eventos de Maringá, Bruno Dias, viveu uma verdadeira odisseia para recuperar um celular furtado. Tudo começou em agosto de 2023, quando ele fazia uma visita técnica a uma casa noturna de Balneário Camboriú (SC). “Eu estava a trabalho, conhecendo a estrutura do local durante uma noite de show, vendo os detalhes da operação e como a casa funcionava, já que no dia seguinte eu seria o responsável pela atração da noite”, diz.

Durante o trabalho, o celular, um Xiaomi 11T Pro comprado a cerca de seis meses, estava no bolso. Bruno não percebeu nada, mas o aparelho simplesmente sumiu. “Por sorte, eu estava com o WhatsApp logado no notebook, então consegui finalizar minhas demandas de trabalho”, lembra. Ao fazer o rastreamento do aparelho, veio a surpresa: apenas dois dias depois do furto, o celular já estava a quilômetros de distância, no município de Feira de Santana (BA).

“Tentei contato várias vezes com a Polícia Civil da cidade e não consegui falar com ninguém. Por isso, acabei deixando de lado essa história, achando que era um caso perdido e que eu nunca mais veria o aparelho”, diz. Mesmo assim, Bruno registrou um boletim de ocorrência.

Contato inesperado

Em janeiro deste ano, a história, que parecia ter sido encerrada, ganhou mais um capítulo: Bruno recebeu uma mensagem de um senhor, aparentemente de boa índole, que seria o comprador do aparelho furtado. O motivo do contato foi que o celular estava bloqueado com uma mensagem personalizada escrita por Bruno, que dizia:

“Olá, você encontrou meu dispositivo. Ficaria extremamente agradecido se entrar em contato. Deus te abençoe”.

Junto da mensagem, estava o número de Bruno, que foi recuperado via operadora logo após o furto.

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Foto: Reprodução | Arquivo Pessoal

“Na hora, interrompi o que estava fazendo, rastreei o aparelho novamente e confirmei: o celular ainda estava em Feira de Santana. Fiz prints da localização e tentei contato mais uma vez com a polícia, mas, novamente, nenhum telefone funcionava. Acabei acionando a Corregedoria da Polícia Civil da Bahia, que finalmente pôde me ajudar”, conta.

O senhor que enviou as mensagens queria a senha de desbloqueio. Bruno explicou o que havia ocorrido, mas, desconfiado, o homem apagou mensagens e recusou ligações. Enquanto isso, ele estava em contato com a Polícia Civil. “Passei para a polícia todas as informações e, em cerca de quatro horas, conseguiram recuperar o aparelho”, comemora.

De volta pra casa

A história parecia estar caminhando para um final feliz, mas até o Xiaomi chegar de volta a Maringá foi mais uma novela. Houve uma longa burocracia para a devolução, pois a Polícia Civil da Bahia enviou o celular para Balneário Camboriú, onde estava registrado o boletim de ocorrência.

“Depois disso, a delegada pediu que eu retirasse o aparelho pessoalmente”, afirma. Depois de muita insistência, o celular só chegou às mãos de Bruno há cerca de duas semanas, quase dois anos após o furto.

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Foto: Arquivo Pessoal

“Consegui resolver a situação enviando uma procuração para um conhecido e, após muita conversa e uma conferência online, a delegada aceitou liberar o aparelho. Foi um processo bem demorado. O celular chegou a Balneário em 31 de janeiro, mas só foi enviado para mim agora em junho”, diz.

Suspeita

Bruno acredita que o Xiaomi foi usado por outra pessoa desde que foi furtado e que a mensagem só apareceu na tela porque o homem que o comprou fez a atualização do sistema operacional.

“Um conhecido me explicou que esses celulares, quando formatados e não atualizados, funcionam normalmente, mas, ao serem atualizados, são bloqueados. Foi o que aconteceu: o senhor que me procurou provavelmente atualizou o sistema, e o bloqueio reapareceu, com a mensagem e meu número, levando ele a me contatar”, diz.

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