O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) divulgou no último dia 21 uma nova versão dos Cadernos Estatísticos Municipais, com dados até 2024. Nas estatísticas de Maringá, o dado referente à área territorial da cidade chama a atenção, com a perda de território pelo município nos últimos anos.
Conforme o relatório, a área territorial de Maringá atualmente é de 486,036 km², os mesmos valores apresentados na revisão de 2023. No entanto, em 2022, a estatística de área territorial da cidade era de 486,321 km². Dessa forma, houve uma diminuição do território de Maringá em relação a dois anos atrás.
Por outro lado, nas revisões de 2020 e 2021 os dados mostravam uma área de 486,305 km², números inferiores aos de 2022 e aos atuais. Todos esses dados foram medidos pelo Instituto Água e Terra (IAT), que explica o porquê da diminuição do território maringaense.
“A diferença que tem de área, comparando 2023 e 2024 com o ano anterior, é de 0,285 km² [equivalente a 285 m²]. Diminuiu na casa decimal, não em números inteiros. Maringá tinha 486,03559 km², arredondando daria 486,036 km². Em 2022, a área de Maringá era de 486,32069 km². Então, dá uma diferença em torno de 0,28 km². Essa diminuição de área é insignificante”, explica o engenheiro florestal da Diretoria de Gestão Territorial do IAT, Amauri Simão Pampuch.
Por que a área territorial de Maringá diminuiu?
Segundo o engenheiro florestal, a revisão dos limites municipais no Paraná acontece no perímetro urbano de forma integral, após a análise e interpretação da legislação vigente que institui os limites.
Aliado a isso, o avanço das tecnologias de digitalização de mapas favorece as revisões dos limites territoriais. “O que se fez em Maringá e em outros municípios do estado do Paraná? Um ajuste cartográfico. Melhorou-se, por exemplo, a digitalização do limite municipal onde a lei definia curso de água. Se você ajustar o limite melhor em cima do rio, então existe, vamos dizer assim, o ajuste cartográfico dos limites municipais”, diz Pampuch.
O município de Maringá possui cursos de água e outros elementos geográficos como limites cartográficos, que passaram a ser melhor digitalizados.
“Fazendo todo esse ajuste cartográfico dos limites municipais, dá uma diferença para menos ou para mais na área do município. Então, tem municípios que tiveram pequenos acréscimos e no caso de Maringá, teve decréscimo”, explica Pampuch.
Para que os ajustes cartográficos possam ser feitos, o IAT conta com um acervo de documentos dos municípios do Estado na Divisão de Limites Municipais. Para cada uma das 399 cidades paranaenses, uma pasta física com diversos documentos reúne tudo o que já foi instituído sobre as delimitações do município.
Cadernos Estatísticos Municipais
Os documentos disponibilizados pelo Ipardes são compostos por um conjunto de informações territoriais, sociais e econômicas para cada um dos 399 municípios do Estado do Paraná.
Os Cadernos contém dados atualizados de acordo com o calendário de divulgação das fontes oficiais, além de contar com uma breve série histórica para cada estatística, o que permite analisar a evolução de indicadores ao longo do tempo. Também é possível consultar os dados consolidados do Estado.
As métricas são caracterização do território, agropecuária, comunicações, cultura, demografia, domicílios, educação básica, educação superior, eleições, energia elétrica, estatísticas vitais, finanças públicas, indicadores municipais, instituições financeiras, meio ambiente, Produto Interno Bruto e Valor Adicional Fiscal, saneamento, saúde, trabalho e transporte.
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Com informações da AEN.