16 de abril de 2025

Associação Maringaense de Parkinson promove passeio ciclístico neste domingo


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 12/04/2025 às 14h32
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A Associação Maringaense de Parkinson promove um passeio ciclístico para conscientização sobre a doença neste domingo, 13. A concentração será próximo à entrada do Parque do Ingá, a partir das 8h30. O passeio será com os triciclos, com custo de locação de R$ 35,00.

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Foto: Divulgação

O Parkinson é uma doença neurológica degenerativa que afeta o sistema motor do corpo. Os sintomas são tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio e alterações na fala e na escrita. A tendência de pessoas com Parkinson é o isolamento e a depressão, sendo fundamentais os relacionamentos sociais. 

Promover a socialização é a função da Associação Maringaense de Parkinson, que promove o passeio ciclístico para marcar o Dia Mundial de Conscientização do Parkinson, celebrado em 11 de abril.

Primeira secretária da associação, Sônia Maria Soares Stivari explica como surgiu a entidade e o objetivo do passeio nesse domingo.

— É para a gente divulgar a associação, divulgar a questão do Parkinson, a conscientização a respeito da doença. Tem muitas pessoas de Maringá que não sabem que tem um lugar que pode ir principalmente para a socialização, porque uma das coisas que pegam muito para nós é o fato de a gente tentar se isolar. É uma tendência nossa, depressão e isolamento. E a associação vem para colaborar, para levar a pessoa para a comunicação, para conversar, para ter atividades lá. […] É um lugar muito gostoso, é um ambiente muito bom. Todo mundo que vai lá tem gostado. Ela existe desde 2004, mas não tinha sede até o começo do ano passado, quando foi cedido para nós uma sala, um local, lá no Jardim Santa Helena. Então, de lá para cá, a gente resolveu divulgar mais a associação, porque antes não adiantava divulgar muito — explicou a secretária.

Sônia tem Parkinson desde 2012. O diagnóstico veio junto com a aposentadoria. Para ela, é possível viver bem e com autonomia apesar da doença.

— Os meus primeiros sintomas vieram em 2010. E ele desencadeou em função de um estresse muito grande pelo falecimento de uma amiga minha. Eu era professora da universidade, fui professora lá por 31 anos no Departamento de Física, e no mês que me aposentei, eu recebi o diagnóstico também do Parkinson. Bom, a luta vem desde lá para cá. Quando você fica sabendo que tem Parkinson, a impressão que dá é que você vai morrer logo, que não vai ter vida após a notícia. Mas, com o tempo, você vê que existe essa possibilidade de viver e viver bem. E aí eu faço de tudo para que eu tenha uma vida melhor. A minha família também me ampara muito, meus amigos. Então eu tenho uma vida razoavelmente boa dentro do que é possível para um Parkinson. E o Parkinson se desenvolve de maneira diferente para cada pessoa. Então, por exemplo, apesar de eu ter todo esse tempo de diagnóstico de Parkinson, eu ainda ando, eu ainda sou independente para comer, para falar razoavelmente bem, engasgo às vezes, esqueço algumas palavras, mas eu consigo fazer. Tenho problema de estabilidade, então, se eu não me apoiar, às vezes eu caio. E tem gente que com menos tempo de Parkinson já fica totalmente travado. Tem muitos jovens hoje em dia sendo diagnosticados com Parkinson. Lá na associação nós temos uma pessoa que está há mais de 30 anos conosco com Parkinson. Ela tinha 34 anos quando ela foi diagnosticada — relatou Sônia.

A Associação Maringaense de Parkinson fica na Rua Ágata, nº 577, no Jardim Santa Helena, em Maringá.

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.

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