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10 de dezembro de 2025

Avenida São Paulo ganha novo asfalto na quadra da cratera

Incidente que se repete: em abril de 2023 foi na esquina das avenidas Paraná com Horáccio Racanello


Por Walter Téle Menechino Publicado 22/10/2025 às 14h36
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A pavimentação asfáltica de uma quadra nas duas pistas da Avenida São Paulo, onde foi aberta uma cratera de seis metros de profundidade e cinco de diâmetro no último dia 13, teve início na manhã desta quarta-feira, 22. “A sinalização deverá ser concluída na quinta-feira, 23”, informou o secretário municipal de Infraestrutura, Vagner Mussio. Ele esteve no local vistoriando as obras por volta das 19h de terça, 21, quando os servidores estavam encerrando as atividades do dia.

Asfalto na Avenida São Paulo
Foto: PMM

Não foi a primeira vez que uma grande cratera se abriu no Centro de Maringá. No dia 18 de abril de 2023 um incidente semelhante ocorreu na esquina das avenidas Paraná com Horácio Raccanello, justamente quando um carro passava pelo local. O veículo ficou embicado à beira do buraco e a motorista não se machucou.

As explicações oficiais sobre as causas dos dois incidentes também são parecidas: grande quantidade de chuva e o rompimento de tubulações. No primeiro caso, em 2023, foram rompidas tubulações das redes estadual (abastecimento de água) e municipal (galerias pluviais). “Difícil saber qual colapsou primeiro, se a adutora da Sanepar ou a galeria da prefeitura”, recordou uma fonte da Sanepar.

Já no segundo caso, o secretário Mussio informou que “o problema ocorreu apenas nas galerias pluviais, devido à grande quantidade de chuva. Venho dizendo isso desde o primeiro dia”, repetiu.

Segundo os dados da Estação Climatológica da Universidade Estadual de Maringá (UEM), as primeiras chuvas em outubro ocorreram nos dias 12 e 13 e somaram 90,9 mm. Os discos da Estação, informou o técnico da Estação, Cléber Carneiro de Souza, “mostram que foram pancadas fortes e espaçadas. A mais forte ocorreu no início da manhã do dia 13, quando em cerca de 10 minutos choveu 27,6 mm”.

Outra coincidência: os dois casos ocorreram em trechos calçados com ‘paver’.

Rodas curiosas

Nas rodas de conversas dos curiosos que se formaram no entorno das obras, nas duas ocasiões, enquanto homens e máquinas trabalhavam para reparar os estragos, as especulações corriam soltas. Uma delas aponta o dedo para as obras de rebaixamento da linha férrea e a impermeabilização do solo na região.

Cratera Avenida São Paulo 2
Força-tarefa na Avenida São Paulo, onde se abriu uma cratera de 6 metros de profundidade. Foto: GMC Online

O secretário Mussio foi firme ao rechaçar essa especulação, que em 2023 ganhou corpo e provocou a criação de uma Comissão Especial de Investigação na Câmara de Vereadores. A CEI foi presidida pelo vereador Sidnei Telles, que é engenheiro. Depois de ouvir especialistas e vistoriar todo o túnel da linha férrea, a Comissão concluiu que estava tudo bem. No momento, não se cogita nenhuma investigação parlamentar sobre a nova cratera.

Os reparos aos estragos causados pelo enorme buraco na Avenida São Paulo não se resumem apenas na troca da tubulação avariada e em tapa-lo. A pavimentação asfáltica das duas pistas e de toda a quadra também está sendo trocada. Para a execução das obras em tão curto prazo foi montada uma grande força-tarefa, que não parou de trabalhar nem nos finais de semana.

Os serviços, nesse segundo incidente, estão sendo concluídos em dez dias. Na primeira cratera, foram dois meses. A primeira cratera foi aberta no dia 18 de abril e a esquina das avenidas Paraná com Horácio Raccanello só foi liberada no dia 19 de junho de 2023.

Hoje, domingo, estamos trabalhando com cerca de 30 máquinas pesadas e cerca de 100 homens

“Hoje estamos com cerca de 30 máquinas pesadas, como caminhões- tanque espargidores e basculantes, rolos compactadores lisos e dentados, patrolas, retroescavadeiras, vibroacabadora, fresadora e até ônibus para transportar o pessoal. São cerca de 100 homens”, disse, no final da tarde de domingo, 19, um operador de máquina que, ao ficar sabendo que estava falando com um repórter, pediu para não ser identificado. No período de obras, inúmeras vias foram interditadas no entorno.

Questionado sobre os caminhões com o nome da Pedreira Ingá, vistos no local das obras, Mussio explicou que eles “tinham sido contratados anteriormente em processo licitatório e já estavam a serviço da prefeitura”.

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