13 de abril de 2025

Caminhada Contra o Bullying promove conscientização no Parque do Ingá


Por Brenda Caramaschi Publicado 06/04/2025 às 11h56
Ouvir: 05:42
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Apresentações artísticas e atividades interativas mostraram para as famílias que passeavam pelo Parque do Ingá a importância de falar sobre o bullying. / Foto: Brenda Caramaschi

Na manhã deste domingo (6), a rádio MIX FM levou uma série de atividades interativas ao coração de Maringá. Em volta do Parque do Ingá, brincadeiras mostravam o quanto o bullying é coisa séria.

Enzo Ruzza, de nove anos, encontrou diferentes formas de bullying ao desvirar cada uma das peças do jogo da memória: de violência verbal e física ao cyberbullying. “É que as pessoas tiram foto, depois postam falando mal do outro. Isso é muito feio”, explica o menino, de forma simples.  

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Enzo Ruzza, de nove anos, foi uma das muitas crianças que participaram das atividades que falavam sobre bullying de maneira leve, mas faziam pensar sobre as consequências de um tema tão sério. / Foto: Brenda Caramaschi

Mas o avô do garoto, Nizan de Souza, que observava a brincadeira educativa, sabe que o assunto é mais complexo do que parece. “Eu mesmo tinha vários apelidos. Me chamava de Kiko,  de lebre, porque eu tinha os dentes um pouco para frente. Eu não gostava, tanto é que eu fui usar aparelho para endireitar os dentes. A geração de hoje é uma geração mais sensível,  mais emocional na verdade. Então eles sentem bastante isso quando são excluídos com algum tipo de bullying. A gente vê muitas pessoas que sofrem muito com isso. Crianças que se excluem da sociedade, até no meio familiar da gente. Tem que estar bem atento a esses sinais. A gente vê pessoas que chegam até ao suicídio, pessoas que se revoltam por causa disso. Tem que conscientizar que bullying não é legal”, diz.

Além das ações do Parque, que incluiram peças teatrais e uma caminhada, a Coordenadora de Marketing do Grupo Maringá de Comunicação, Mayara Alonso, explica que a rádio preparou um material exclusivo com orientações para combater o bullying em diferentes contextos, como escolas, ambientes de trabalho e círculos sociais.  “O grupo Maringá de Comunicação e a Rádio MIX estão sempre preocupados com a comunidade,  com temas importantes, o que o pessoal ainda não está falando. Dia 7 é o Dia Nacional de Combate ao Bullying e a Violência das Escolas. A gente produziu um material com dicas de como agir em situações de bullying nas escolas, no trabalho, que também acontece, e na roda de amigos, dicas de como abordar,  como evitar,  ajudar o próximo em uma situação de bullying”, detalha.

O Sinepe, sindicato das Escolas Particulares, é parceiro da ação. Agnaldo Rossini, vice-presidente do sindicato, diz que as escolas têm abordado o tema para explicar o que é o bullying e fazer a criança perceber como uma brincadeira de mal gosto e outros tipos de violência podem fazer o outro sofrer, mas ressalta que hoje esse tipo de atitude se tornou mais comum fora do ambiente escolar, nas redes sociais, e diz que muitas vítimas sofrem em silêncio.

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As diferentes formas de bullying foram abordadas com as famílias que passeavam pelo Parque do Ingá como forma de prevenção./ Foto: Brenda Caramaschi

“Nós que estamos ali no dia a dia, junto aos nossos alunos, sabemos o quanto impacta na vida de uma criança quando ela sofre bullying.  E o sofrimento dela muitas vezes é silencioso, causa vários danos emocionais, até mesmo físicos. Então hoje a gente vem aqui despertar isso: pai, converse com seu filho. Às vezes pode estar acontecendo tanta coisa ali e ele não consegue revelar, falar,  realmente dizer pra alguém o quanto ele está sofrendo”, diz. Notas baixas e mudanças de comportamento podem ser alguns dos sinais de alerta, explica Rossini. 

A Prefeitura de Maringá também participa da ação com o projeto Zoeira Tem Limites, que oferece atendimento psicológico gratuito a jovens vítimas de bullying. Lançado pela Secretaria de Juventude, Cidadania e Migrantes (Sejuc) em parceria com instituições de ensino, o projeto oferece suporte emocional e orientação para alunos do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio. 

“O bullying é uma situação que causa dor,  causa doença e consequências. E não tem uma vacina contra ele. A vacina somos nós, pais e professores, nós cidadãos. Nas escolas públicas nós estamos indo com o grupo das faculdades, as universidades estão em parceria conosco e nós fazemos uma palestra, uma conscientização e o jovem que quiser atendimento, ele tem um canal particular para entrar em contato conosco e daí nós começamos o tratamento dele em parceria com as universidades. A gente tem que cortar o mal pela raiz”, resume a secretária Sandra Franchini. 

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