Funcionários dos Correios estão em greve nacional desde quarta-feira, 17, reivindicando melhores condições de trabalho e a manutenção da data-base anual. A categoria teme que a empresa imponha uma data-base bianual, o que impediria negociações salariais em anos de eleições. Segundo Mário César Mendes, do Sindicato dos Funcionários dos Correios em Maringá, a paralisação atinge principalmente carteiros, mas também envolve atendentes e funcionários do setor de transporte. “É essa massa de funcionários que normalmente participa dos movimentos de enfrentamento. Lembrando que este é um movimento nacional, mas aqui estamos tratando da nossa região”, explicou Mendes.
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A data-base da categoria é 31 de julho, mas até o momento não houve acordo. Os Correios apresentaram uma proposta de reajuste salarial de 5,13%, retroativa a janeiro de 2026, com pagamento previsto apenas para abril do mesmo ano. Para a categoria, o reajuste não atende às expectativas, pois deixa uma lacuna entre agosto e dezembro, além de propor um acordo bianual que desconsidera a negociação em ano eleitoral.
Em Maringá, a proposta será avaliada em assembleia nesta segunda-feira, 22. Mendes reforçou que os pedidos da categoria vão além do reajuste salarial, incluindo condições adequadas para a prestação de serviço com eficiência e efetividade. “Nosso quadro de funcionários vem diminuindo ano a ano. Não estamos pedindo vantagens exageradas, mas sim contratações que garantam a continuidade do serviço”, afirmou.
A CBN entrou em contato com os Correios para verificar se a paralisação está afetando as entregas e se há acúmulo de correspondências, mas até o momento não houve retorno.