Zara, Meg, Jully, Fubá, Belinha, Léo, Shiro, Hachi, Boris, Tibi, Tiziu, Pipoca, Olivia, Cindy e Yuna são os nomes dos pets de Luiz e Clarice. Esse casal morador de Maringá esbanjam carinho e amor pelos animais. Quem caminha pela Associação Cultural e Esportiva de Maringá (Acema), na Avenida Kakogawa, provavelmente já percebeu essa relação ao ver eles se exercitando com os animais de estimação.
Além de tutor dos 14 cachorrinhos, Luiz tem uma gata, a Yuna, e é banhista em um Pet Shop. Ele explica que uma vez por mês leva os seus para tomarem banho. Assim, todos têm uma rotina de muito cuidado, pois além da higiene, Luiz passeia com eles duas vezes por semana: domingo e segunda. “Durante a semana por conta do trabalho é muito cansativo, mas domingo e segunda é sagrado passear”, afirma.
A turminha é dividida em dois grupos, mas todos têm direito à caminhada. O que chama a atenção é que os seus pets têm acessórios, como bolsa e boné.
Eles contam que já foram parados pelas pessoas e que elas ficam fascinadas por verem essas fofuras andando pelo shopping, Parque do Ingá ou pela Acema.
Como tudo começou
Luiz explica que o amor pelos cachorros existe desde pequeno, mas como foi para o Japão e lá não tinha tempo para cuidar dos animais, ter os animais de estimação foi um plano adiado até 2008, quando retornou ao Brasil.
Eles se mudaram para Maringá e foi a cachorrinha Laika quem os encontrou. Segundo Luiz, a primeira cachorrinha era mestiça de Pastor Alemão com SRD (Sem Raça Definida) e foi fruto da doação de uma senhora que tinha uma ninhada de filhotes. “Ela era linda, inteligente…onde ia chamava atenção”, relata ele.
A Laika foi o início de tudo, das adoções e dos resgates. O casal conta que ela os deixou em 2020 e que eles sentem muita falta, mas, garantem que as recordações e os bons momentos ficaram para sempre nos corações.
Inclusive, Luiz e Clarice possuem um altar com os sete cachorrinhos que eles adotaram e que já partiram. As cinzas da Laika também são guardadas pelo casal de forma muito especial.
O amor que não se mede
Clarice explica que as pessoas devem ter conhecimento da adoção e a responsabilidade de ter um animal em casa. De acordo com ela, os pets dependem do tutor. Por isso, é preciso ter amor, paciência e tempo para se dedicar a eles.
A Belinha, por exemplo, foi uma cachorrinha resgatada e vítima de maus-tratos que ficou traumatizada. A dona relata que o começo foi bem difícil, pois a cachorrinha era agressiva, mas assegura que hoje o carinho recompensa toda dificuldade.
Os donos afirmam, porém, que não pensam em ter novos “filhos de quatro patas”. “Eu já estou com mais de 60 anos e não sei até quando vou estar com saúde, porque o amanhã só pertence a Deus. E sei que eles precisam de nós bem!”, conclui Luiz.
Eles admitem que ter os animais é trabalhoso, exige dedicação e tempo. Entretanto, garantem que o amor não tem tamanho. Afinal cada um deles possui uma história única e são como filhos da família. No total, entre os que já partiram e os que vivem com eles no momento, essa família já acolheu e amou 21 cachorros.
Confira o vídeo da família caminhando:
