Com 4,5 metros de comprimento e mais de 50 quilos, Ágatha, uma cobra píton de 14 anos, é o “bebê” de estimação da Lúcia Helena Lourenço, de 58 anos, e do Luiz Cláudio Zanco Storto, de 63 anos. O casal mora no Jardim América, em Maringá.
Ter uma serpente de estimação era um sonho antigo da Lúcia, e foi realizado em 2009.
“Quando eu era criança, meu sonho era ter uma serpente chamada Ágatha, mas meu pai nunca deixou porque ele tinha pavor de cobra. Eu cresci, casei e continue querendo. Em 2009, quando estava tratando de um câncer, pedi a Deus que me desse essa oportunidade de ter uma serpente. Foi então que conheci um homem que tinha uma cobra píton, e o mais impressionante é que ela chamava Ágatha”, relata.
Amor à primeira vista
Lúcia conta que foi visitar a cobra e se encantou.
“Quando vi ela, fiquei toda arrepiada e chorava muito. Eu tinha certeza que aquela era a minha serpente, mas ele disse que não ia me dar. Falei que se um dia ele não pudesse mais ficar com ela, que lembrasse de mim. Quatro dias depois ele me ligou e me ofereceu a cobra. Eu nem acreditei”, lembra.
O homem transferiu a documentação da Ágatha para Lúcia, que passou a ser a cuidadora legal da serpente. O animal chegou na casa da família com apenas 1,5 metro.
“Quando ela chegou na minha casa, ficou colada em mim, como se estivesse me abraçando. Durante meu tratamento do câncer, foi muito forte essa nossa conexão, que eu acredito muito que vem de outras vidas”, conta ela, que está curada desde 2011.
Segundo Lúcia, o marido, Luiz Cláudio, que é comerciante, teve receio no início, mas logo aprendeu a amar a Ágatha, assim como os quatro filhos e seis netos do casal.
Além da cobra píton, o casal também tem três cachorros e alguns pássaros (calopsitas e canarios). Apesar de ser dócil, a serpente fica separada dos demais animais, em um terrário construído especialmente para ela.
“Nunca ocorreu nenhum acidente com a Ágatha, mas como o instinto animal existe, eu nunca facilito com outros animais por perto, principalmente próximo dos dias de ela se alimentar”, frisa Lúcia.
A serpente é alimentada a cada 50 dias, com três lebres. Ela pode viver até 30 anos, e vai continuar crescendo, podendo chegar a 7,5 metros e 100 quilos, de acordo com o veterinário do animal.