14 de julho de 2025

Caso Barão: Relembre a tragédia que chocou Maringá nos anos 80


Por Letícia Tristão, com informações do Maringá Histórica Publicado 05/12/2020 às 17h22 Atualizado 26/02/2023 às 10h44
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Maringá viveu um período tenso no início dos anos 1980. Dois assassinatos na mesma família ocorreram em um intervalo de pouco mais de um ano. A tragédia chocou a cidade e ficou conhecida como “Caso Barão”. Conheça (ou relembre) essa história que foi contada pelo projeto Maringá Histórica.

José Barão Netto (Zezé), foi assassinado, aos 34 anos, dentro do escritório da Fábrica de Biscoitos Barão, no dia 5 de março de 1981. Ele foi atingido por cinco tiros. Sem levar nada, dois homens que atiraram contra a vítima fugiram do local em uma Belina azul metálica sem placas. Odete Barão Duarte foi testemunha do crime contra o irmão. Junto do marido, Airton Xenofonte Duarte, Odete seguiu para delegacia para descobrir o paradeiro e o motivo do crime.

Pouco mais de um ano depois, outro crime surpreendeu a família. Odete foi encontrada morta no dia 20 de novembro de 1982, dentro de uma Caravan. O veículo foi localizado acidentado na Avenida Juscelino Kubistchek, próximo ao Bosque II. Embora seu rosto estivesse ferido, para os policiais civis e militares do plantão “(…) as circunstâncias da morte não pareciam ter sido acidentais (…)”.

Veículo encontrado em uma ribanceira, dentro do Bosque II, com o corpo de Odete Barão Duarte. Foto: Maringá Histórica 

Houve grande mobilização para elucidar o caso que parecia ter conexão com o assassinato também de um membro da família Barão, pouco mais de um ano antes.

Pouco tempo depois, Airton Xenofonte Duarte, marido de Odete, revelou que ele havia arquitetado o crime. “Empresário confessou ter contratado pistoleiros para matar cunhado e esposa”, foi o título da reportagem publicada pela edição do O Diário do Norte do Paraná, de 24 de novembro de 1982.

Airton Xenofonte declarou que o dinheiro e o poder o motivaram a cometer os crimes contra os familiares. Depois de julgado e condenado, ele ficou preso por alguns anos. Em liberdade e vivendo na região de Curitiba, Airton foi encontrado assassinado, em 1995, devido a um desentendimento comercial.

Biscoitos Barão

No início dos anos 1980, a Fábrica de Biscoitos Barão produzia mensalmente cerca de 300 mil quilos do produto. Os biscoitos eram distribuídos para os estados do Paraná, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Instalada na Avenida Colombo, nº 1.462, próximo ao Parque de Exposições, a indústria era administrada pelo casal Odete Barão Duarte e Airton Xenofonte Duarte.

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