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26 de abril de 2024

Caso Sevilha: Acusados de matar o auditor-fiscal vão à júri nesta quarta-feira


Por Iasmim Calixto Publicado 04/10/2022 às 12h20 Atualizado 20/10/2022 às 20h16
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José Antônio Sevilha. Foto: Acervo Pessoal

Após mais de 17 anos do assassinato do auditor-fiscal da Receita Federal José Antônio Sevilha, os acusados irão à júri no Fórum da Justiça do Trabalho de Maringá nesta quarta-feira, 5.

Sevilha foi assassinado em uma emboscada na noite do dia 29 de setembro de 2005, com quatro tiros à queima roupa. A razão que culminou na execução de Sevilha teria sido o trabalho investigativo do auditor-fiscal que gerou autuações de cerca de R$ 100 milhões à uma importadora de brinquedos.

Em um inquérito policial instaurado poucos meses após a morte de José Antônio Sevilha, a polícia chegou ao nome do empresário Marcos Gottlieb como possível mandante do crime. O empresário era proprietário da empresa Gemini, importadora de brinquedos.

À época da atuação de Sevilha como auditor-fiscal da Receita Federal, foi constatado que a empresa de Gottlieb realizava a importação dos brinquedos que entravam no país pelo Porto de Paranaguá, usufruindo de benefícios fiscais e seguiam para as distribuidoras do grupo em Barueri, no estado de São Paulo. A movimentação trazia indícios de fraude e subfaturamento nas importações da empresa Gemini.

Mesmo com o inquérito feito pela Polícia Federal, que trazia não apenas o nome do suposto mandante, mas também de outras quatro pessoas possivelmente envolvidas no crime, não houve julgamento até agosto de 2019, 14 anos após o assassinato. Com diferentes alegações, a defesa conseguiu postergar a apreciação nessa e em outra oportunidade, em março de 2020. Agora, dia 05 de outubro de 2022, o júri está designado e o julgamento pode finalmente ocorrer, 17 anos após o crime.

A pedido do Ministério Público Federal, o juiz decretou em caráter preventivo a prisão de Fernando Ranea, um dos acusados pela morte de Sevilha, ante o risco de fuga. Marcos Gottlieb também foi preso preventivamente em maio de 2019, 14 anos após o assassinato. Porém, desde dezembro de 2020, os dois cumprem a pena em prisão domiciliar. Se condenados, eles podem ser punidos com até 30 anos de reclusão pelo crime de homicídio qualificado.

Nas últimas semanas, foram realizadas em Maringá uma série de ações publicitárias, promovidas pelo Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil), a fim de tratar a importância do julgamento para a classe.

Imagem: Reprodução Sindifisco

A campanha midiática, que é de autoria da Direção Nacional do Sindicato, incluiu a distribuição de mensagens em locais estratégicos, como transportes públicos de Maringá e região, painéis de outdoor e painéis de mídia digital em lotéricas e postos de combustíveis.

De acordo com o Sindifisco, o objetivo das ações publicitárias é “[…] mobilizar a cidade para um desfecho justo no julgamento que começará no próximo dia 5 de outubro, na Justiça Federal de Maringá, contra três dos acusados de assassinar o Auditor-Fiscal José Antônio Sevilha, há 17 anos, na cidade paranaense“.

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