14 de maio de 2025

Coisas que marcaram os anos 1990 e 2000 em Maringá


Por Beatriz Finizola Publicado 20/03/2022 às 11h05 Atualizado 20/10/2022 às 15h50
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Maringá, com seus 74 anos de existência, é um lugar que coleciona histórias e épocas marcantes para seus moradores. Os anos 1990 e 2000 em Maringá não ficam de fora, reunindo atrações, shows, bares, estilos de vida e saudades que ficam marcadas na memória afetiva dos habitantes.

Nesse clima de nostalgia, o GMC Online, junto com o Maringá Historica, reuniram alguns desses costumes e lugares.

Ônibus articulados

Sair da aula, conectar o aparelho MP3 (talvez ao som de RBD) e esperar o ônibus articulado da Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC), popularmente conhecido como “minhocão” ou “sanfonado” era uma das coisas que faziam parte da vivência dos maringaenses. Os ônibus chamavam a atenção de pessoas e, principalmente, das crianças, no período em que circularam pelas ruas de Maringá.

O meio de transporte foi implantado em 1998 e era capaz de transportar 150 pessoas (em pé ou sentadas), praticamente o dobro da capacidade de um ônibus convencional. Em 2008 eles pararam de circular.

Foto: Acervo/Maringá Histórica

Além dos “minhocões”, existiam também os expressinhos, que se tratavam de micro-ônibus com o luxo de um ar condicionado. Por esse motivo, custavam o dobro. Eles também ofereciam a comodidade de parar onde o passageiro desejasse. Mas a demanda foi caindo e os expressinhos pararam de circular por volta de 2014, após dez anos em atividade.

Foto: Acervo/Maringá Histórica

Rodoviária Antiga

E já que o assunto é transportes, ainda está viva na memória de muitos, a rodoviária antiga, localizada em frente à Praça Raposo Tavares. O local era rodeada de um comércio composto de lojinhas.

Sua inauguração foi em 1962 e sua demolição em 2010. Atualmente, o local virou um estacionamento público.

Rodoviária antiga está na memória de quem viveu os anos 1990 e 2000 em Maringá. Foto: Acervo/Maringá Histórica

Baladas

Foto: Acervo/Maringá Histórica

Bares e casas noturnas também marcaram os anos de 1990 e 2000 em Maringá.

A Apoteose, por exemplo, foi sucesso nos anos 90, tendo sua abertura em 1991 e o fechamento em 1997. A casa noturna foi palco de shows e diversas atrações.

Destaque também para a Amérika Music Hall. Esse local era para os amantes de música eletrônica. Localizado em cima do Cine Teatro Plaza, a casa noturna já havia sediado a Kalahari. Sua inauguração foi em 1995.

Foto: Acervo/Maringá Histórica

E quem se lembra da Velvet? A balada fundada em 2002 e conhecida por tocar rock e eletrônico foi uma das queridinhas que deixou saudade para os maringaense. A proposta era de um ambiente lounge e danceteria, com dois ambientes planejados (externo e interno). Ela era localizada na Avenida Tiradentes.

Foto: Acervo/Maringá Histórica

Clubes fizeram sucesso nos anos 1990 e 2000 em Maringá

Fim de semana com calor? Nada mais maringaense nos anos 2000 do que combinar com os amigos pelo programa de mensagens instantâneas, como o MSN Messenger, de ir ao Waterpark, construído pela família Pozzo, detentora de uma construtora. Eles estavam com dificuldades nos negócios e decidiram fundar o parque, que foi estruturado na várzea de um córrego, na Avenida Nildo Ribeiro. O terreno era de 50 mil metros quadrados e costumava ser uma associação de funcionários da empresa.

Inaugurado em 1996, o local funcionava através do título de associação, que custava em torno de R$ 500 e uma mensalidade de R$ 35. Com quase 8 mil associados, o parque se tornou um dos pontos de lazer mais frequentados pelos maringaenses.

As atrações do clube iam de piscinas tropicais, tobogãs, playground, piscina coberta, hidromassagem, castelinho até a famosa piscina de ondas, algo inovador para a época e o local preferido dos associados. Além disso, a gastronomia do clube não deixava a desejar, contando com lachonetes e restaurantes.

O Waterpark encerrou as atividades em 2010, mas antes de seu fechamento, muita gente publicou fotos aproveitando as atrações do local no Orkut.

Foto: Acervo/ Maringá Histórica
Thermas

Com o calor maringaense, um complexo de águas quentes também foi sucesso entre os moradores de cidade. Chegando a ter até 50 mil sócios em seu auge e sendo considerado o maior complexo de lazer e turismo da região, O Thermas de Maringá foi inaugurado em 1987 e era localizado na rodovia PR-218.

Entre as atrações, estavam piscinas (a maioria com águas quentes), toboáguas e até um lago, onde era possível andar de pedalinho ou canoa. Além disso, o clube contava com restaurantes, lanchonetes, quadras poliesportivas e espaços para eventos.

O clube entrou em crise financeira na década de 90. Em 2007, o complexo de águas foi leiloado e reaberto como Solar das Águas Quentes.

Foto: Acervo/Maringá Histórica

Viaduto do Café

No local onde hoje é localizado o Shopping Avenida center, havia uma ferrovia, que passou a ser um problema logístico conforme a cidade crescia. Devido a isso, foi construído o Viaduto Café.

Com 200 metros de comprimento, a contrução ia do cruzamento com a Avenida Tamandaré e seguia até onde hoje é a Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto, antigamente chamada de Avenida das Indústrias.

Em 1996, após 30 anos de existência, devido a problemas estruturais, o local foi demolido, dando lugar ao Novo Centro. O Viaduto Café deixou saudades em muitos habitantes.

Foto: Acervo/Maringá Histórica

Horto Florestal

Para os amantes da natureza é impossível não se lembrar do Horto Florestal. Instutuído como reserva florestal em 1996 e sendo um local de cultivo e preservação de diversas espécies arbóreas, o espaço de 36,8 hectares de mata nativa abrigava as nascentes do córrego Borba Gato e era aberto para a visitação do público.

Devido a problemas de controle dos visitantes e o lixo dispensado no local, o Horto teve que encerrar a visitação do público, a pedido do ministério Publico, em 2003.

Foto: Acervo/Maringá Histórica

Chafariz iluminado da Catedral

Quem é mais antigo e vai se lembrar que ainda nos anos de 1990, posar na frente do Chafariz iluminado da Catedral era uma parada obrigatória para casais, especialmente os recém casados. Muitos casamentos tiveram esse cenário em seus registros fotográficos.

Foto: Acervo/Maringá Histórica

A “geral” do Willie Davids

Antigamente, era comum todos os estádios de futebol terem arquibancadas gerais, que não possuíam cadeiras, para abrigar torcedores eufóricos, que vibraram junto com o jogo até o fim. No Estádio Willie Davids não era diferente e tinha sua geral localizada atrás do gol voltado para a Avenida Prudente de Moraes, como mostra a foto abaixo, da entrada no setor.

Devido a recomendações do Corpo de Bombeiros, o local teve que passar por reformas para atender a princípios de segurança, chegando ao fim em 2009. Certamente, muitos torcedores sentiram falta desse setor.

Foto: Acervo/Maringá Histórica

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