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22 de novembro de 2024

Colecionador de Maringá se destaca na internet dando aula de numismática; saiba o que é


Por Ricardo Freitas Publicado 31/07/2022 às 11h13 Atualizado 20/10/2022 às 10h44
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Anderson Muraro Vanini, em seu canal do Youtube. Foto: Reprodução

O colecionador e morador de Maringá, Anderson Muraro Vanini, vem se destacando na internet como professor de numismática. Ele tem um canal no Youtube e é um dos administradores de uma página no Facebook que já ultrapassou 230 mil de membros.

“Nosso grupo tem 237 mil membros e meu canal no Youtube muita gente também. Eu dou dicas de numismática para vários tipos de público: gente que está começando e quer apreender, e também para as pessoas que já são experts e que querem obter ainda mais conhecimento”, afirmou.

Confira a página clicando aqui.

No dicionário, o termo numismática é utilizado para descrever o estudo das medalhas e das moedas. Trata-se de uma ciência antiga, cujo o nome vem do latim “numisma”, que significa moeda. Anderson explica, que a numismática, no entanto, vai muito além da coleção de moedas, cédulas e medalhas. “Um numismata é, na verdade, um estudioso da economia, da história, da geografia e de muitos outros aspectos relacionados a cada item de seu acervo“, disse.

Anderson começou a coleção de moedas quando tinha apenas 7 anos de idade. Ele conta que qualquer pessoa pode iniciar uma coleção, mesmo com pouco de dinheiro. “Todo mundo pode colecionar, independente do poder aquisitivo, o que difere um colecionador e um acumulador é a organização. Um colecionador coloca em embalagem própria, em álbuns, separa datas e períodos”, comentou.

Para os iniciantes, a dica do especialista é seguir três pilares básicos. “Os pilares são qual material foi usado, cobre, prata ou bronze, por exemplo, depois o estado de conservação, que é muito importante também. Para se ter uma ideia moedas romanas variam de R$ 50 a 20 mil, dependendo estado conservação. E o terceiro pilar é a quantidade produzida”, explicou.

Coleção Jogos Rio 2016. Foto: Anderson Muraro Vanini

Como saber os valores

Uma moeda dos tempos do Império, cunhada em 1822, rendeu ao dono US$ 500 mil em um leilão realizado em 2014 e se consagrou como uma das moedas brasileiras mais caras da história. Achados como esse são absolutamente raros, mas é possível que aquele níquel no fundo da gaveta, passado de geração em geração, tenha valor e possa ser vendido para colecionadores.

Para avaliar, o primeiro passo é procurar por um especialista, uma loja virtual ou casas de leilão numismático. Uma das casas de leilão que opera física e virtualmente é a Brasil Moedas Leilões. Pelo site é possível cadastrar o item e enviar para avaliação. Depois disso, a casa notifica o valor da moeda e, caso seja do interesse do dono, ela é colocada à venda.

Já na Tenor& Pellizzari, o cadastramento da moeda para venda pode ser feita pelo site, com envio de fotos e informações que serão avaliadas pelos responsáveis do leilão. A Sociedade Numismática Brasileira divulga em seu site outros compradores, tanto casas de leilões e lojas quanto pessoas físicas, que adquirem as peças para compor suas coleções.

Moedas do Real também podem valer muito

Anderson explica que moedas consideradas raras do Real pode valer um bom dinheiro. É preciso, então, ficar de olho nas gavetas e talvez descobrir um achado precioso. “Mesmo no Plano Real, existem peças circulando com bons valores, tanto cédulas quanto moedas, podem ter peças variando entre R$ 15 e R$ 4 mil. Um dos segredos é ficar de olho em defeitos de fabricação, há casos, por exemplo, que a efígie está de ponta cabeça. Moedas de 1 Real da Declaração Universal dos Direitos Humanos e da Entrega da Bandeira Olímpica também são preciosas”, afirmou o especialista.

Moeda de 1 Real da Declaração dos Direitos Humanos. Foto: Anderson Muraro Vanini
Moeda de 1 Real da Entrega da Bandeira Olímpica. Foto: Anderson Muraro Vanini

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