A paixão do maringaense Gabriel da Silva Rocha por aviões começou na infância. Aos 9 anos, ele se encantava com vídeos de voos no YouTube e, aos 12, teve a oportunidade de voar pela primeira vez. “No meu aniversário, meu pai me presenteou com um voo panorâmico em Maringá. Desde então, tive certeza do que queria para a minha vida e segui estudando com a intenção de me tornar piloto de avião”, conta.
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No entanto, segundo ele, que é ex-aluno da Rede Estadual de Ensino, a formação completa pode custar mais de R$ 170 mil. “O valor inclui teoria, provas e horas de voo. No momento, paguei o curso teórico, que custou R$ 1.800. Agora estou juntando dinheiro para as primeiras horas de voo, que somam cerca de R$ 30 mil”, explica.
Para levantar recursos e investir na carreira de piloto, há cerca de dois meses Gabriel decidiu vender tortinhas caseiras no semáforo. A receita surgiu da junção de um mousse que a família dele já fazia com inspirações que ele viu na internet. “Fui testando até chegar a um sabor que agradasse. Hoje, muita gente volta só para comprar de novo”, relata.
O local escolhido para as vendas, foi o cruzamento das avenidas Euclides Cunha e Luiz Teixeira Mendes. Há duas semanas, ele passou a se vestir de piloto de avião para chamar ainda mais a atenção dos motoristas e impulsionar as vendas. Em breve, Gabriel, que tem compartilhado a rotina nas redes sociais, pretende passar também por outros pontos da cidade.
A formação de piloto acontece por etapas. Primeiro, são cerca de quatro meses de aulas teóricas para a carteira de piloto privado, seguidos pelas horas de voo e exames. Depois, mais quatro meses de curso e nova rodada de voos para conquistar a carteira de piloto comercial. “A duração total pode variar de um ano e meio a dois anos, conforme o ritmo e as condições financeiras de cada um”, explica.
A ideia do jovem tem dado certo. Em média, ele vende 100 tortinhas por dia, ao preço de R$ 10 cada. “Nos dias mais corridos, chego a vender 20 unidades por hora”, diz. Segundo ele, além das vendas, o incentivo da clientela também tem ajudado muito. “Eu aproveito cada parada para me conectar com as pessoas, não quero que seja só uma venda. Cada conversa me motiva a continuar buscando meu sonho”, afirma.