
A Sociedade Rural de Maringá (SRM) realiza nesta terça-feira, 12, a eleição para a escolha da diretoria que irá gerir a entidade no próximo biênio.
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A diretoria executiva da SRM é eleita em assembleia geral pelo voto direto dos associados contribuintes e os eleitos cumprem mandato de dois anos.
Nesta eleição, ao contrário do que ocorreu ao longo dos últimos anos, não há consenso e a disputa se dará entre duas chapas:
Chapa 1: “Um legado para gerações”
Presidente: Viniccius Feriato, 1ª vice-presidente: Maria Iraclézia de Araújo, 2º vice-presidente: Paulo Sérgio Cardoso.
Chapa 2: “Rural Raiz N.22”
Presidente: Henrique Pinto, 1ª vice-presidente: Daoud Nasser, 2º vice-presidente: Carlos Roberto Pupin.
Veja abaixo o que diz o candidato Henrique Pinto:
Por que o senhor quer ser presidente da Sociedade Rural de Maringá?
Tenho vontade de ser presidente porque quero me doar. Me sinto preparado, com estabilidade familiar e tempo disponível para dedicar os próximos anos à entidade.
Qual é sua relação com o agronegócio e com a Sociedade Rural de Maringá?
Minha ligação com o agro vem de longa data: sou pecuarista, tenho fazenda no Pantanal há 35 anos e propriedades em Naviraí e Itaquiraí, onde cultivo cana. Participo da Sociedade Rural desde os 7 anos, quando ajudava minha mãe a vender ingressos. Ao longo de mais de 50 anos de envolvimento, fui diretor da escola de equitação, diretor social, de patrimônio e vice-presidente por três mandatos. Agora me sinto pronto para assumir a presidência com um grupo qualificado.
Por que o senhor não foi um candidato natural e houve esse bate-chapa?
Sempre defendi a renovação. Candidaturas de consenso tendem a manter as mesmas pessoas, e eu quis montar uma diretoria escolhida com liberdade. Renovamos 80% da chapa, sendo 12 membros com menos de 35 anos, cheios de energia e vontade de contribuir.
Quais são as principais propostas da sua chapa?
A prioridade é resgatar o associado e reconduzir a entidade à sua missão original: divulgar e fortalecer o agronegócio. Também queremos iniciar a abertura gradual dos portões da Expoingá, oferecendo mais um dia gratuito, e avançar conforme for possível.
Outro projeto é a criação de um calendário fixo de eventos, como o Rodeio Pé Vermelho, que integrará atrações como cerveja artesanal, carnes, provas de laço, rodeios, encontro de harleiros e carros antigos, um modelo inspirado em eventos dos EUA.
Pretendemos também reativar os núcleos setoriais, como o do Nelore e o do Cavalo. Essas iniciativas, que já renderam conquistas relevantes, foram feitas com recursos dos próprios criadores. Reativando os núcleos, poderemos atrair mais associados, divulgar o trabalho e captar recursos. Já tivemos 800 sócios, hoje temos cerca de 466. Queremos reverter essa queda.
Vamos ainda reforçar os eventos beneficentes, como a Costela Fogo de Chão e a Leitoa Light, que ajudam a financiar o Natal Solidário. Esse projeto, que já atendeu até 4 mil crianças, está enfraquecido: a última edição teve apenas 250.
E quanto ao parque de exposições?
Nossa proposta é manter o parque no local atual, na Avenida Colombo.
Veja a entrevista com o candidato Viniccius Feriato:
Por que o senhor quer ser presidente da Sociedade Rural de Maringá?
Participo da atual gestão há muitos anos como diretor jurídico da presidente Maria Iraclézia. Acredito na continuidade do trabalho que construímos juntos, valorizando o legado deixado para as próximas gerações. Quando olhamos para os últimos dez anos, vemos uma grande evolução da Expoingá, do parque de exposições e no relacionamento com os associados. Meu compromisso é respeitar essa história tão rica e seguir avançando.
Qual é a sua relação com o agronegócio e com a Sociedade Rural? E o senhor pode falar um pouco da sua trajetória pessoal?
Minha relação com o agro começou na infância. Nasci em Jacarezinho (PR) e fui criado no sítio dos meus avós. Depois estudei Direito em Maringá e construí minha trajetória profissional aqui. Atuo com empresas do setor agroindustrial, cooperativas, produtores, laticínios e frigoríficos. Entrei para a Sociedade Rural em 2015, a convite do então presidente Wilson Filho, para ajudar no processo de renovação da concessão do parque. Desde então, dedico-me à entidade. Também fui vice-presidente da ACIM por três anos, pois acredito no associativismo.
Qual é a principal proposta da chapa que o senhor representa?
osso foco é respeitar e valorizar o trabalho dos fundadores, mantendo a evolução, modernização e inovação que a atual gestão vem promovendo. Passamos por momentos difíceis, como a pandemia, que afetou diretamente nossos eventos e exigiu resiliência. Agora, com esse período superado, queremos seguir com responsabilidade, compromisso com os associados e com a cidade.
Há alguma proposta específica para a Expoingá?
Não temos uma proposta específica isolada, mas sim a continuidade de um trabalho já em andamento. Estamos atentos às necessidades dos associados, como melhorias em estacionamento, estrutura dos shows e dependências. Planejamos também retomar projetos como a equoterapia com cavalos. Além disso, temos um compromisso com a população de Maringá, já que o parque pertence ao município.
A diretoria pretende fazer alguma mudança no local do parque de exposições?
De forma alguma. Lutamos muito para conquistar a renovação da concessão. Não existe qualquer possibilidade da nossa diretoria cogitar mudança de local. O parque é e continuará sendo ali.
Existe alguma possibilidade de entrada gratuita durante a Expoingá?
Já temos um dia de entrada gratuita, que é a segunda-feira, coincidente com o aniversário da cidade. Sabemos que abrir os portões representa um custo alto para a entidade, pois são apenas 10 dias de feira, mas mantemos essa gratuidade como forma de retribuição à sociedade e em parceria com o município.
Sobre os eventos beneficentes promovidos pela Sociedade Rural, vocês pretendem mantê-los?
Sim, e mais do que isso: queremos ampliá-los. Eventos como a Leitoa Light e o Natal Solidário continuarão e vamos buscar ajudar ainda mais entidades. Tenho um compromisso pessoal com essa causa. Como cristão, acredito que gratidão se devolve ajudando o próximo. Esse é um princípio que pretendo seguir também na gestão.
Gostaria de deixar alguma consideração final?
Agradeço a oportunidade de dialogar com a população. Apesar de ser uma eleição interna, restrita aos associados, a Sociedade Rural tem uma grande representatividade na cidade. Muitas pessoas participam da Expoingá e utilizam o parque. É importante que todos saibam que o nosso trabalho vai além dos 10 dias de feira. São 365 dias de dedicação ao parque e à entidade. Trabalhamos com responsabilidade, sempre pensando nos nossos associados e na população maringaense.