Conheça a história da Av. Colombo, a mais longa de Maringá; VEJA VÍDEO


Por Nailena Faian, com projeto Maringá Histórica
Avenida Colombo

A via mais longa de Maringá é a Avenida Colombo. Ela conta com 11,5 quilômetros de extensão excluindo o Contorno Norte e o Contorno Sul. Em parceria com o projeto Maringá Histórica, hoje vamos contar a história dessa via que é tão importante para a cidade.

A Avenida Colombo, também nomeada de BR-376, tem início na divisa de Maringá com Sarandi e termina no viaduto de acesso ao Contorno Norte, bem ao lado da fábrica da Coca-Cola Femsa.

“Podemos dizer que a Avenida Colombo literalmente é uma divisora de águas. Sendo que ao sul temos a bacia do Rio Ivaí e ao norte, do Rio Pirapó e Paranapanema. Por conta disso, também serve para dividir a cidade de Maringá nos dois eixos: norte e sul”, explica o responsável pelo Maringá Histórica e secretário de Cultura, Miguel Fernando Perez Silva.

Bem na entrada de Maringá, na divisa com Sarandi, há um monumento de boas-vindas. São notas musicais estilizadas criadas pelo arquiteto Gilmar Ferdinandi no início da década de 1980.

Conforme lembra o Maringá Histórica, a Avenida Colombo não faz parte do projeto originalmente concebido para Maringá pela Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP). Esse projeto foi elaborado entre 1943 e 1945 pelo urbanista Jorge de Macedo Vieira. Na época, ele não sabia qual seria a via que conectaria a cidade à capital do estado.

Até então, a via que cruzava a cidade com fluxo intenso de veículos e caminhões era a Rua Brasil, atual Mitsuzo Taguchi, e a Avenida Brasil, que cruzava a cidade de leste a oeste.

“Em 6 de novembro de 1968, a prefeitura foi autorizada a implantar o Parque Industrial às margens da Avenida Colombo, bem perto da Avenida Guaiapó. Foi o primeiro loteamento industrial de Maringá. Ao longo das décadas, diversas empresas se instalaram ali: entre elas a Biscoitos Barão e a Balfar SA”, recorda Silva.

As obras da via foram iniciadas em 1950. Na segundo metade da década, a via recebeu o nome de BR-376 e em 1956 boa parte do trecho urbano de Maringá estava executado, mas sem ter pista dupla e sem asfalto.

Estabelecimentos

A via é repleta de estabelecimentos e muitos deles tiveram relevância hitórica para a cidade. Em 1969, por exemplo, foi inaugurado o Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro, que teve outros dois nomes até chegar definitivamente no atual.

Em novembro de 1992 teve a inauguração do Mercadorama, que é considerado o primeiro hipermercado de Maringá.

Em 1997 tiveram início as obras para construção do viaduto entre a Avenida Colombo e a Avenida Guaiapó. A obras se arrastaram por muitos anos, causando prejuízos aos comerciantes instalados no local.

Em 2003, foi firmado um convênio com o Governo do Estado junto a Viapar para construção de uma passarela, que é a única ao longo de toda a via.

Também houve empresários visionários que apostaram na avenida. Manoel Marçal, em 1956, fundou um posto de combustível no cruzamento com a Avenida Morangueira. Mais tarde, o local se transformou em Posto Marília e hoje é o Posto 17.

A Universidade Estadual de Maringá (UEM) foi fundada em 1969 por meio da união e esforços de diversas personalidades. Antes da instuição, o espaço era um enorme cafezal.

Na via, esquina com a Avenida Paraná, foi inaugurado, em 1995, a primeira loja do Condor, que hoje se tornou hipermercado. Antes, em 1974, ali foi o Musamar.

Problemas

O Maringá Histórica também lembra das grandes crateras que abriram na via ao longo dos anos e dos alagamentos. Além disso, o local já registrou inúmeros acidentes, muitos deles com mortes. 

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