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25 de abril de 2024

Covid-19: pesquisadores da UEM desenvolvem capacete de oxigenação


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 06/07/2020 às 13h54 Atualizado 24/02/2023 às 13h28
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Foto: Divulgação/UEM

Nesta pandemia, pesquisadores no mundo todo se dedicam a desenvolver técnicas e equipamentos para ajudar pacientes com a covid-19. Respiradores para suprir a alta demanda e reduzir os preços entre outros  equipamentos que deem mais conforto aos pacientes que precisam ficar dias internados em enfermarias ou unidades de terapia intensiva (UTIs). 

É o caso do capacete de oxigenação. O comum em hospitais é o uso da máscara de oxigenação, aquelas usadas, por exemplo, quando se faz inalação.  

Para pacientes que precisam de oxigênio por muito  tempo e de forma ininterrupta, como alguns pacientes com Covid que ficam em leitos de enfermaria, as máscaras não são muito eficientes.

Assim, surgiram os capacetes de oxigenação que evitam que o ar escape, aumentando a pressão, dando mais conforto ao paciente que assim precisa fazer menos esforço para respirar.

Na Universidade Estadual de Maringá (UEM), os cursos de medicina e física desenvolveram um capacete de oxigenação próprio. Os médicos conhecem as necessidades clínicas dos pacientes, e os físicos fizeram os cálculos. 

Segundo o professor de medicina da UEM, o médico Edson Arpini Miguel, o equipamento, resultado de um trabalho interdisciplinar, está em uso e pode ser produzido em escala.

“Foi uma lógica que foi usada no mundo todo durante a covid no paciente que não está entubado, que não precisa de ventilação mecânica invasiva, esse paciente pode ser acoplado a uma espécie de capacete de astronauta, de um plástico endurecido e que tem entradas específicas para o oxigênio e tem um fluxo de saída, com filtro”, explica ele.

“Isso permite que ele fique em um ambiente com outros pacientes, que não necessariamente ele vai estar exalando ou dispersando os vírus durante a sua respiração. […] Esse capacete já está pronto, a gente fez alguns protótipos no último mês e conseguiu avançar até um modelo que a gente tem agora, que é bastante adequado. […] Essa semana deve ter conversas com a Secretaria de Ciência e Tecnologia e a partir daí, a gente deve definir uma estratégia para produção dos capacetes. A gente espera que aconteça rapidamente”, completa Miguel.

Veja vídeo

Ventilador mecânico

A mesma equipe de pesquisadores também está desenvolvendo um ventilador mecânico, que terá um custo bem menor que o de mercado. Mas neste caso ainda falta aprimorar o equipamento com testes.

“A gente tem algumas técnicas que queria aplicar, principalmente no controle e na dosagem de mediadores de resposta inflamatória, e, para isso, a gente teria que desenvolver uma certa tecnologia. Poderia se usar os aparelhos em descarte do próprio Hospital, porém a gente teve a ideia de construir o nosso próprio modelo. Então a gente já tinha um protótipo um quanto rudimentar, que avançou muito agora […], e hoje tem um modelo que, de fato, pode ser aplicado como protótipo para experiência em algumas situações. Ainda não em pacientes humanos, porque ele exige um certo trâmite nessa qualificação do aparelho”, conta o professor.

Um hospital do porte do Hospital Universitário de Maringá (HUM) precisaria de cinco a dez capacetes de oxigenação para atender a demanda atual.

Foto: Reprodução

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.

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