Crianças do abrigo infantil de Maringá são transferidas para novas casas
Depois de episódios de fuga e vandalismo no antigo abrigo infantil de Maringá, as crianças acolhidas pela rede municipal foram transferidas nesta semana para dois novos imóveis alugados pela prefeitura.
As casas oferecem melhores condições de moradia, com mais conforto, segurança e organização dos grupos, conforme orientação de laudos psicológicos. A mudança foi acompanhada pelo Ministério Público.

O novo modelo rompe com o antigo formato, criticado por parecer uma instituição prisional. “Agora as crianças moram em casas, e não mais em um prédio adaptado”, destacou o prefeito Silvio Barros. O antigo abrigo chegou a ser depredado pelos próprios internos, o que acelerou a decisão por mudanças estruturais.
As duas casas possuem câmeras de vigilância em todos os cômodos, com o objetivo de proteger tanto os servidores quanto os menores. “Às vezes uma criança acusa um servidor injustamente. Às vezes um servidor pode cometer algum excesso. A câmera agora mostra a verdade”, afirmou o prefeito. As imagens estarão disponíveis para o Ministério Público e o Nucria.
A medida segue recomendações do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), que desde 2022 solicitava a divisão dos internos em grupos menores. Atualmente, uma das casas abriga sete crianças e a outra, quatro. Duas que estariam na segunda unidade foram encaminhadas ao pai, residente no Mato Grosso.
Além da mudança física, a gestão do atendimento será terceirizada, com aval do Ministério Público. Um chamamento público será aberto nesta sexta-feira, 13, para contratar uma entidade ou empresa especializada na administração de abrigos infantis. Segundo o MP, também será necessário implementar protocolos claros de gestão de crises, para garantir a estabilidade nas unidades.