Todo mês a caixa de descarte do aeroporto de Maringá fica lotada: perfume no formato de granada, faca, tesoura, armas de brinquedo, taser, estilete, agulha de crochê, dichavador de droga e até soco inglês.
Todos esses objetos e outros pontiagudos ou que ultrapassam 300 ml não são permitidos de acordo com normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Segundo o gerente de segurança da Aviação Civil em Maringá, Luiz Carlos Braz da Silva, em média, são descartados por mês cerca de 250 objetos.
“As pessoas esquecem que não podem levar ou algumas não sabem mesmo. Outras acham que não vão ser pegas e tentam passar. Qualquer objeto que for retido pode ser despachado, mas muitos por pressa ou outro motivo optam por descartar”, explica.
Depois de descartado, os objetos são doados para entidades. “Teve um senhor que estava com uma faca prata de 1975. Como já estava na última chamada de embarque, ele não despachou e foi para descarte. Também teve uma mulher que viajava com tesoura que era da família há 20 anos e nesse caso ela despachou”, conta.
Além dos objetos descartados, o setor de segurança também é responsável pelos achados e perdidos. De acordo com Silva, são esquecidos notebooks, celulares, roupas, muletas, cadeira de rodas e até animal de estimação. A administração do aeroporto tenta contato com o responsável. Caso ninguém busque o objeto em até 90 dias, ele também é doado.