Defesa de Talita NY pede nulidade de unificação de penas

A influenciadora digital Talita NY, de Maringá, foi condenada por duas vezes por descaminho, crimes cometidos em 2017 e 2018. A Justiça unificou as penas, ou seja, somou o tempo de prisão. Com isso, em vez de pagar multa e prestar serviços à comunidade, Talita foi sentenciada a cumprir a pena em regime semiaberto.
Como a influenciadora não compareceu na data marcada para a colocação de tornozeleira eletrônica, a Justiça determinou a prisão cautelar, cumprida nessa quarta-feira, 16, em Santa Catarina.
A advogada de Talita, Aline Xavier de Assis, especializada em Direito Penal, explica que a prisão cautelar se deu para que a influenciadora possa justificar por que não compareceu na data de início do monitoramento eletrônico.
“É uma prisão cautelar que visa colher as justificativas, os motivos pelos quais a Talita não colocou a monitoração eletrônica. Nessa audiência, se for acolhida a justificativa, vai restabelecer o regime anterior que era o regime semiaberto, mas caso o juiz não acolha as justificativas, aí será fixado em definitivo o regime fechado para que ela possa cumprir a pena dela pelos crimes de descaminho”, afirma.
Por causa do feriadão, Talita será ouvida em audiência na semana que vem. A defesa pede a unificação de penas.
“Nosso posicionamento, enquanto defesa, é pela nulidade da decisão que unificou as penas da Talita, pois ela não foi ouvida. A lei exige a realização de audiência de justificativa antes da unificação por descumprimento, o que não ocorreu no caso dela. Além disso, entendemos que não havia necessidade de unificar as penas, já que Talita poderia cumpri-las simultaneamente”, diz.