Dengue sobrecarrega UPAs em Maringá e provoca longas filas de espera
A terça-feira, 22, pós-feriado prolongado, foi de superlotação nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Maringá. Em algumas unidades, pacientes chegaram a esperar até oito horas por atendimento. A principal causa, segundo a Prefeitura, é o aumento expressivo dos casos de dengue, que tem pressionado o sistema de saúde municipal.
O prefeito Sílvio Barros visitou a UPA da Zona Sul para acompanhar de perto a situação. Ele conversou com pacientes e profissionais da saúde e confirmou que, além da alta demanda por causa da dengue, há um segundo fator agravante: a procura por atendimento de casos que poderiam ser resolvidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que não funcionam aos fins de semana e feriados.

“Na UPA que visitei, de cada 10 pessoas, de 6 a 7 estavam com pulseira verde, ou seja, não eram casos de urgência e poderiam ter sido atendidas em UBS. Isso sobrecarrega ainda mais as equipes”, afirmou o prefeito em entrevista.
Sílvio Barros também destacou a precariedade da estrutura física da unidade e a falta de médicos como problemas que agravam o cenário. Para aliviar a pressão sobre o sistema, a Prefeitura iniciou nesta quarta-feira, 23, o credenciamento de 50 novos médicos para reforçar o atendimento nas UPAs e outras unidades de saúde.
“Estamos vivendo um momento crítico. A dengue está fora do normal e desestruturações anteriores no sistema de atenção primária agravam a situação. Estamos trabalhando para reestruturar toda a rede e garantir atendimento mais ágil e eficiente”, concluiu o prefeito.
A população é orientada a buscar atendimento nas UBSs em casos não urgentes e a redobrar os cuidados para evitar a proliferação do mosquito da dengue, eliminando focos de água parada e denunciando locais de risco.