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19 de abril de 2024

Descubra se você é um maringaense ‘raiz’


Por Nailena Faian Publicado 26/10/2018 às 18h03 Atualizado 18/02/2023 às 17h59
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O maringaense tem vocabulário e alguns costumes particulares. Você já experimentou falar “data” para alguém que não é daqui? É bem provável que ela não entenda que estamos falando de um terreno.

Aqui na cidade também existem muitas rotatórias. Mas a gente prefere nomear de outro jeito: é balão ou redondo mesmo. Ah, e com um detalhe: quando estamos passando por ele ou por outras vias o costume é reclamar de quem não dá seta.

Dentro do carro, o maringaense não aumenta o volume do som, ele ergue. Chega no shopping ou no restaurante todo arrumado, como se fosse numa festa. Bem diferente de São Paulo, por exemplo, onde as pessoas vão de camiseta e chinelo.

Outra dica: não diga patente para quem não é daqui. A pessoa também não vai entender que isso se trata de um vaso sanitário.

Na culinária, o pé vermelho aprecia um bom cachorrão prensado. Para os mais jovens, a moda é pastelzinho na feira depois da balada. Para comer em casa é preciso fazer compras e nós não economizamos na quantidade de vezes que vamos ao mercado durante a semana, são pelo menos três idas.

Se exercitar é correr no parque e se divertir é escorregar no gramado do estádio Willie Davids com papelão.

A torcida vai para times paulistas ou cariocas. Tem muitos palmeirenses, são-paulinos, corintianos… torcer apenas para times do Paraná é quase uma raridade.

Quando chega as férias é mala no carro ou no busão e partiu Balneário Camboriú (SC). Chega lá e não esquece as gírias daqui e chama os outros de “fiii” ou de “véi”. Elas podem até achar ruim, mas a gente acha “paia”.

Mais uma coisa que não dá para esquecer. A gente não dorme na casa dos outros, a gente posa.

Todas essas palavras, expressões e formas de agir acabam se tornando parte da cultura. Uma das explicações para tudo isso, segundo o historiador Reginaldo Dias, é que a cidade foi povoada por imigrantes e tem muita rotatividade migratória.

“Essa tal de data ninguém sabe explicar a origem. Eu mesmo fui escrever um texto e coloquei essa palavra, mas tive que colocar uma nota explicativa porque quem é de fora não entende”, brinca.

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