Em dezembro é lembrado o Dia Mundial de Combate à AIDS; Maringá é referência na identificação da doença


Por Davi Paludetto

O último mês do ano é marcado pela mobilização e luta contra o vírus HIV, a Aids e outras IST (infecções sexualmente transmissíveis). O Dezembro Vermelho chama atenção para a prevenção, assistência e proteção dos direitos das pessoas infectadas pelo HIV. 

Nesta época do ano, o Ministério da Saúde (MS) coordena um conjunto de atividades em parceria com o SUS (Sistema Único de Saúde), como: promoção de palestras e atividades educativas, veiculação de campanhas de mídia e realização de eventos.

Parte dessas campanhas incentivam a realização de exames e a prevenção da doença. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reforça que beneficiários de planos de saúde têm direito a coberturas obrigatórias que permitem o diagnóstico e acompanhamento da Aids.

UEM é referência no diagnóstico

O Laboratório de Ensino e Pesquisa e Análises Clínicas (LEPAC) da UEM realizou em 2024 mais de 11 mil exames para identificação do vírus HIV. O setor é referência no diagnóstico e o único laboratório público na macrorregião Noroeste, o que representa 115 municípios, realizando os exames de sorologia e o acompanhamento da carga viral.

De acordo com a coordenação do LEPAC, o laboratório é certificado para realizar exames laboratoriais de alta complexidade, que não estão disponíveis na rede privada e nem na rede básica do SUS. 

Foto: Universidade Estadual de Maringá

Aids no Brasil

Nos últimos dez anos, o Brasil registrou queda de 25,5% na mortalidade por Aids. Apesar dessa redução, em 2022, cerca de 30 pessoas morreram por dia em decorrência do vírus. 

Segundo o professor Dennis Armando Bertolini, do Departamento de Análises Clínicas e Biomedicina da UEM, houve um crescimento nos diagnósticos de HIV em homens homossexuais de 13 a 39 anos. Depois dessa faixa, o crescimento é observado em mulheres heterossexuais.

Como se prevenir

As Infecções Sexualmente Transmissíveis são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de preservativo, com uma pessoa que esteja infectada.

A pessoa também pode ser contaminada da mãe para o filho durante a gravidez, no parto e na amamentação, instrumentos perfurocortantes que não estejam esterilizados e transfusão de sangue contaminado. 

Uma das formas de se prevenir contra contra o HIV é fazendo o uso da PrEP, que consiste em tomar comprimidos antes da relação sexual. O método permite que o organismo esteja preparado para enfrentar um possível contato com o vírus.

Como medida de prevenção de urgência para ser utilizada em situação de risco à infecção pelo HIV, também existe a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que consiste no uso de medicamentos ou imunológicos para reduzir o risco de adquirir a infecção. 

Diagnóstico

O SUS oferta gratuitamente testes para que as pessoas possam se testar quando e onde quiserem. O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue, que detectam os anticorpos contra o vírus. Com testes rápidos é possível obter o resultado em cerca de 30 minutos.

Crédito: Reprodução
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