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08 de outubro de 2024

Dia do Nordestino: sabores do Nordeste estão presentes em Maringá


Por Brenda Caramaschi Publicado 08/10/2024 às 16h03
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acarajé
Acarajé servido no restaurante Severina Sabor do Nordeste. / Foto: Brenda Caramaschi

Dia 8 de outubro é o Dia do Nordestino. A comemoração busca valorizar as tradições que moldam o cotidiano dos milhões de brasileiros que vivem e se identificam como Nordeste brasileiro.

A região é conhecida por sua história de resistência e sua identidade única, com tradições culturais e gastronômicas ricas e variadas, que são mantidas vivas por quem tem raízes por lá, mesmo vivendo em outro lugar. E quem tem saudade do Nordeste não precisa ficar “aperreado” se quiser visitar a terra do forró e do baião sem sair de Maringá. Por aqui há cantinhos que carregam a identidade nordestina tão característica, principalmente no mundo dos sabores.

O acarajé, símbolo da Bahia, feito de feijão fradinho e  cozido em azeite de dendê é um símbolo da influência africana na culinária do Nordeste e um dos carros-chefes do cardápio de uma casinha de madeira na rua La Paz, na Vila Morangueira, que tem a baiana Marcela Dourado Santos no comando da cozinha. A culinária servida se entrelaça com a história da família que está à frente do restaurante Severina Sabor do Nordeste. No cardápio também tem pastéis de carne seca, camarão e queijo coalho charque às natas e baião de dois, além de iguarias como a buchada de bode e a dobradinha.

Há 20 anos ela trocou a Bahia pelo Paraná e cantando na noite conheceu o marido, o maringaense Joede de Freitas Santos, neto de nordestinos. A avó dele veio do Piauí e os sabores do Nordeste sempre estiveram na mesa. Juntos, em 2019, eles abriram o Severina. A casa repleta de memórias e referências nordestinas que virou restaurante era a casa dos pais de Joede, onde ele passou toda a infância, e onde veio morar com a esposa e os dois filhos, até que um amigo deu uma ideia inesperada: servir a comida típica na garagem da casa. As mesas foram aumentando e tomaram a casa toda, que vive cheia de clientes em busca dos vibrantes sabores do Nordeste. 

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Buchada faz parte do cardápio do ParaiBar, que tem mais de 30 pratos nordestinos. / Foto: Divulgação

Perto dali, na Avenida Tuiuti, a cultura nordestina também mantém raízes no ParaiBar, que tem decoração elaborada para celebrar a terra natal do dono. O cardápio inclui mais de 30 pratos da culinária regional. José Junior veio da Paraíba transferido pelo banco onde trabalhava. Há seis anos investiu no sonho de viver da gastronomia, oferecendo comida que leva os ingredientes que trazem a infância no sertão à memória. Das opções mais tradicionais como a carne de sol com macaxeira e queijo coalho na manteiga de garrafa às moquecas e o sarapatel, os sabores convidam o paladar paranaense a conhecer ou relembrar o que é que o Nordeste tem.

E para quem prefere preparar as receitas em casa, há também lojas especializadas, como a Casa do Norte, aberta pelo sergipano Valdeci Dias. A primeira loja foi aberta em Diadema (SP), onde ele foi tentar a vida – e deu muito certo. Mas buscando um lugar mais tranquilo para os filhos crescerem, veio de mudança para Maringá, onde o pai dele morava. Aqui, a casa, que fica na Avenida Pedro Taques e oferece produtos de todos os Estados do Norte e Nordeste, já completou 17 anos. O empreendimento é familiar – e a família se estende aos clientes fiéis, que são chamados de “primão” e “meu rei”. Entre os clientes, cearenses, baianos, pernambucanos, e claro, maringaenses que já foram para a região e se apaixonaram pelos sabores de lá. 

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O famoso refrigerante maranhense está entre o enorme leque de opções de produtos vindos de todos os Estados nordestinos e vendidos na Casa do Norte. /Foto: Divulgação

A diversidade do estoque ajuda a matar a saudade de quem está longe da “terrinha”. “Tem gente que veio para Maringá há 15, 20 anos e sente falta do que tinha lá”, explica Victor Hugo Santos Dias, gerente da loja e filho do dono. Entre os itens mais buscados estão o jabá, camarão salgado, refrigerantes como a cajuína cearense e o guaraná Jesus, do Maranhão, além de cuscuz e beiju. Tudo para manter as tradições culinárias e afetivas,mesmo para quem está tão longe da terra natal. 

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