Dia Nacional do Doador de Sangue: o que motiva doadores voluntários?


Por Brenda Caramaschi com colaboração de Luciana Peña
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Imagem ilustrativa/ Sesa

Doar sangue é um gesto de amor e é esse o sentimento que move Adelson Luiz Benassi, 60. Ele é doador de sangue desde os 19 anos, e nunca mais parou. Há 20 anos o motorista da Prefeitura de Nova Esperança fundou a Associação de Doadores de Sangue do município que tem centenas de doadores de sangue voluntários cadastrados e promove coletas frequentes. “A gente tem um cadastro de doadores hoje, em média de 650 a 700 pessoas. É um trabalho de formiguinha. milAs pessoas têm dificuldade de arranjar doadores para familiares, para amigos e fazemos parcerias com empresas, igrejas, veículos de comunicação, para ajudar com campanhas e coletas. A questão de quantas vidas a gente salvou, na verdade, a gente não tem ideia”, diz.

Entre as ações organizadas pela Associação de Doadores de Sangue de Nova Esperança estão as coletas externas com apoio do Hemocentro./ Foto: arquivo pessoal

25 de novembro é Dia Nacional do Doador de Sangue e cada doação pode salvar até quatro vidas. Normalmente, o que move o doador é a empatia pelo próximo, mesmo sem conhecer aquele que vai receber a transfusão. A doação atende às mais diversas situações, de vítimas de acidente a pacientes em tratamento de alguma doença. A estudante Fernanda Rebello, 33, vive graças a doadores de sangue. Ela tem talassemia maior, ou anemia de Cooley, e precisa receber sangue a cada 21 dias para suprir a deficiência de glóbulos vermelhos. A primeira transfusão foi quando ela tinha um ano de idade. “A doação de sangue regular é fundamental para garantir que haja sempre disponibilidade de sangue para as pessoas que necessitam de transfusão, assim como eu. Cada doação representa uma chance de vida para quem faz transfusões regulares. Ao doar sangue regularmente, você faz uma diferença direta essencial para as pessoas. É um ato de solidariedade. Sou muito grata a todos os doadores de sangue. Vocês são meus heróis”, agradece Fernanda.

Fernanda Rebello recebe doações a cada 21 dias há 33 anos. “Os doadores são meus heróis”./ Foto: arquivo pessoal

Quem se coloca no lugar de Fernanda e de tantas outras pessoas, doa sangue. Raul Ceconello está entre os doadores cadastrados no Hemocentro de Maringá que mais fez doações ali. Foram 23, de 2017 a 2024. Se não fosse o limite de quatro doações por ano para homens, Raul doaria muito mais. “Decidi ser um doador ativo a partid do momento que eu vi a necessidade que existe nessa área. São muitas as pessoas que necessitam dessa ajuda. Faz bem para a pessoa que vai receber e para quem doa. Você sai com a sensação de paz, alegria, felicidade, satisfação…”, enumera.

Raul Ceconello faz doações frequentes a cada dois meses. “Só não faço mais porque não pode”./ Foto: arquivo pessoal

Em entrevista à CBN Maringá, o diretor do Hemocentro de Maringá, Gerson Zanusso Júnior, afirmou que é preciso aumentar em cerca de 25% a arrecadação para seguir atendendo aos hospitais conveniados ao SUS de toda a 15a Regional de Saúde, que abrange 30 municípios, além de atender também outras regiões do Paraná, em outras unidades cadastradas junto ao Hemepar e agências transfusionais dentro dos próprios hospitais. Isso porque em 2024 houve um acréscimo de cerca de 30% no número de bolsas transfundidas se comparado ao ano anterior.

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Para ser doador é preciso atender a alguns critérios como estar em boas condições de saúde, ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50 kg, estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas) e alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação). Para fazer a doação pela primeira vez, o limite de idade é de 60 anos e jovens com 16 e 17 anos devem estar acompanhados de um responsável legal que assinará um termo de consentimento.

O Hemocentro Regional fica na avenida Mandacaru, 1600. O telefone é (44) 3011-9400 e o atendimento ocorre de segunda à sexta-feira das 7h às 18h30 e, aos sábados, das 7h às 12h30.

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