Em 2024, Maringá tem população estimada em 425.983 habitantes, diz IBGE
A população de Maringá em 2024 é estimada em 425.983 habitantes, de acordo com novos dados divulgados nesta quinta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No censo divulgado anteriormente, o número de habitantes da cidade era de 409.657. Maringá fica atrás apenas da capital, Curitiba, com 1.829.225 habitantes, e Londrina, que tem população atual de 577.318 habitantes.
Ao GMC Online, o IBGE explicou que o censo começou em 2022 e terminou em 2023. Já nesta quinta-feira, os números divulgados são uma estimativa da população. “O censo a gente passa de casa em casa contando a população efetivamente, e anualmente a gente divulga as estimativas, porque a gente é obrigado por lei a divulgar as estimativas porque os municípios recebem o fundo de participação, uma verba federal, dependendo do tamanho da sua população. Então para não ficar uma mesma população ao longo de todo o intervalo entre um censo e outro, o IBGE faz essas estimativas anuais. Então ela é baseada no comportamento da população nos censos anteriores…o IBGE leva em consideração nascimentos, óbitos registrados no ano no município e daí ele faz o cálculo de uma estimativa, que é que foi divulgado hoje. O censo é baseado em uma contagem feita presencialmente, visitando todos os domicílios do município e a estimativa não, como o nome já diz, é uma projeção”, explica o chefe da agência do IBGE em Maringá, Cássius de Brito – entenda mais no fim da matéria.
No Brasil, o número chegou a 212.583.750 habitantes, conforme o IBGE. O Paraná, segundo a estimativa, conta com 11.824.665 habitantes atualmente.
A estimativa, publicada no Diário Oficial da União, aponta o total de moradores de Estados e municípios até o dia 1º de julho deste ano. O crescimento é de 4,7% na comparação com os dados do ano passado. Em 2023, a estimativa apresentada foi de 203.080.756 de pessoas.
Nos últimos anos, o Censo e as projeções populacionais do IBGE tem mostrado uma desaceleração do crescimento da quantidade de habitantes, reflexo da queda do número de filhos por mãe e do envelhecimento dos brasileiros.
Com 45.973.194 moradores estimados, São Paulo continua sendo o Estado com maior número de habitantes.
Veja o ranking de habitantes por Estado:
- São Paulo – 45.973.194
- Minas Gerais – 21.322.691
- Rio de Janeiro – 17.219.679
- Bahia – 14.850.513
- Paraná – 11.824.665
- Rio Grande do Sul – 11.229.915
- Pernambuco – 9.539.029
- Ceará – 9.233.656
- Pará – 8.664.306
- Santa Catarina – 8.058.441
- Goiás – 7.350.483
- Maranhão – 7.010.960
- Amazonas – 4.281.209
- Paraíba – 4.145.040
- Espírito Santo – 4.102.129
- Mato Grosso – 3.836.399
- Rio Grande do Norte – 3.446.071
- Piauí – 3.375.646
- Alagoas – 3.220.104
- Distrito Federal – 2.982.818
- Mato Grosso do Sul – 2.901.895
- Sergipe – 2.291.077
- Rondônia – 1.746.227
- Tocantins – 1.577.342
- Acre – 880.631
- Amapá – 802.837
- Roraima – 716.793
IBGE projeta fim do crescimento para 2041
Na semana passada, projeção feita pelo IBGE apontou que a população brasileira atingirá seu ápice em 2041, quando chegar a 220.425.299 habitantes. Depois desse ano, o número de brasileiros começará a diminuir, chegando aos 199.228.708 até 2070.
Isso significa dizer que, em menos de duas décadas, o Brasil já terá um crescimento negativo; ou seja, o número de mortes será maior que o de nascimentos e a população terá um envelhecimento ainda mais acelerado.
Este fato evidencia a tendência do fim do chamado bônus demográfico (quando a proporção de jovens, a população economicamente ativa, é maior do que a de idosos e crianças, elevando as chances do País elevar o seu PIB).
O período de bônus demográfico se iniciou há cerca de 50 anos e já começa a perder seus efeitos antes mesmo de 2030, quando a maior parcela da população já será de idosos, aumentando a pressão sobre os gastos em saúde e previdência social.
Qual é a diferença entre população recenseada e população projetada/estimada?
A recente divulgação do IBGE relativa à Projeção da População do Brasil para o período 2000-2070, tem provocado alguns questionamentos sobre a diferença entre as populações divulgadas e o quantitativo populacional apresentado pelo Censo Demográfico 2022. Cabe esclarecer, inicialmente, que a diferença encontrada entre os dois valores advém da própria concepção e natureza tanto das Projeções e Estimativas como do Censo. O Censo Demográfico se constitui em uma pesquisa ampla e profunda da realidade socioeconômica de uma nação, com vistas a traçar o retrato o mais fidedigno possível da sociedade pesquisada. Sua realização ocorre a cada dez anos e envolve um contingente enorme de recursos humanos, tecnológicos e financeiros, para cobrir todos os domicílios e envolvendo toda a instituição nesse processo. Ainda assim, apesar de todos esses esforços, devido à complexidade e heterogeneidade de um país de dimensões continentais como o Brasil, alguma diferença entre a população recenseada e a população projetada, considerando a estrutura por sexo e idade, tende a ocorrer. Vale ressaltar que diferenças entre população observada no censo e projetada é um fenômeno internacionalmente conhecido, sendo verificado em diversos países. As Estimativas e Projeções da População, por sua vez, cobrem os períodos intercensitários, além de fornecerem projeções futuras para fins de planejamento. São realizadas a partir de técnicas estatísticas, matemáticas ou demográficas, tendo como principal fonte de informação os próprios censos demográficos. Assim, as populações oriundas dos Censos e Projeções diferem, uma vez que partem de pressupostos diferentes. No caso do Censo, trata-se da contagem efetiva da população em determinado ano. Os valores projetados ou estimados, por sua vez, têm como ponto de partida a população ajustada do censo, sobre a qual são aplicadas técnicas demográficas (Método das Componentes Demográficas), que tem como principais variáveis a Fecundidade, a Mortalidade e a Migração. Em outras palavras, a diferença entre as duas populações é explicada pela diferença entre o método de sua obtenção. É importante ressaltar que ambos os processos de trabalho não são excludentes, mas, sim complementares.
Com informações da Agência Estado.